PUBLICIDADEA Rússia anunciou a expulsão de diplomatas polacos do seu território como resposta à saída forçada de Varsóvia de representantes de Moscovo. As razões da decisão não foram explicadas em detalhe. O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo divulgou apenas que estão em causa “atividades incompatíveis com o estatuto diplomático”, o que alguns analistas associaram prontamente a suspeitas de espionagem.
Por seu lado, o responsável diplomático polaco, Grzegorz Schetyna, declarou que foram quatro os funcionários expulsos, ressalvando que se trata de uma “resposta simétrica” em relação às medidas tomadas anteriormente por Varsóvia. Tudo indica que três adidos militares e um funcionário do departamento político da Polónia receberam ordens, na ada sexta-feira, para abandonar a Rússia no prazo de 48 horas, tendo partido efetivamente no domingo.
No sábado, foi a Alemanha a anunciar que Moscovo expulsou também um dos seus diplomatas, depois de o governo alemão ter feito o mesmo com um representante russo em Bona, apontado por alguns órgãos de comunicação social alemães como sendo um espião.
A Polónia, que durante décadas esteve sob o domínio russo, tornou-se num dos críticos mais combativos de Moscovo. Este ano, Varsóvia cancelou vários eventos associados à celebração dos laços culturais entre os dois países, previstos para 2015. No mês ado, os serviços de segurança interna determinaram a retirada da acreditação a um conhecido jornalista russo.
Estas expulsões diplomáticas antecedem o encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, esta segunda-feira, do qual se aguardam novas represálias contra Moscovo. O conflito ucraniano tem afastado cada vez mais Putin do bloco europeu. Federica Mogherini, a nova responsável pela diplomacia europeia, já veio afirmar que “as sanções não podem ser um objetivo em si. É um recurso que resulta se vier acompanhado doutras soluções.”