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O "Backup Ukraine" tenta salvar o património da Ucrânia

Estátua danificada, na Ucrânia
Estátua danificada, na Ucrânia Direitos de autor Efrem Lukatsky/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Efrem Lukatsky/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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O projeto convida os ucranianos a captarem voluntariamente imagens de edif´ícios, monumentos, etc, com os telemóveis, para constituirem arquivos 3D

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Segundo a UNESCO foram destruídos ou danificados na Ucrânia, desde o início da invasão russa, 70 locais religiosos, 13 museus, 33 edifícios históricos e 17 monumentos.

Agora, um novo projeto digital está a oferecer outra forma de manter estes locais seguros.

O responsável criativo da Virtue Future, que o desenvolve, Tao Thomsen afirna:

"A forma mais rápida de apagar a identidade nacional de um povo é destruindo o seu património cultural. Assim, quando vimos exactamente isso acontecer, soubemos que precisávamos de fazer algo, e que tínhamos de o fazer rapidamente".

O projeto permite que os ucranianos comuns se tornem arquivistas digitais voluntários, captando imagens de edifícios, monumentos e muito mais, como modelos 3D completos, utilizando apenas os seus smartphones.

"A nossa história está em risco, mas há outra forma de a preservar para sempre. O "Backup UKraine" é um arquivo digital com modelos 3D dos belos edifícios e monumentos do país, explica a campanha de lançamento.

Maksim Kamynin é arquiteto. Não tem trabalho por causa da guerra e tornou-se um dos contribuidores

"Agora há uma destruição total da cultura ucraniana por parte da Federação Russa. Edifícios históricos, monumentos e esculturas são destruídos, e os livros são queimados. Igrejas, com mais de 1.000 anos , estão também a ser destruídas. Devemos fazer tudo o que pudermos para preservar e transmitir o nosso património às gerações futuras".

Para além de salvarem o que puder ser salvo fisicamente, o melhor que os ucranianos podem fazer é captar imagens dos edifícios, monumentos.

O projeto é alimentado por uma aplicação móvel de digitalização 3D que utiliza fotogrametria, ou tecnologia LiDAR, para criar um modelo tridimensional detalhado.

Todo o processamento é feito na nuvem e cada scan etiquetado para um local ucraniano é automaticamente guardado numa base de dados.

Thomsen diz que são necessárias apenas 100 imagens para criar um scan 3D detalhado, mas recomenda-se a obtenção de 250 imagens completas para alcançar a melhor qualidade.

O projeto, que foi lançado em Abril, é apoiado pelo comité nacional da UNESCO da Dinamarca e pela Blue Shield, uma organização internacional que visa proteger o património cultural de ameaças como conflitos armados ou catástrofes naturais.

Apesar da urgência em salvaguardar as imagens do património, os contribuidores são instados a permanecer em segurança a todo o momento, respeitar o recolher obrigatório e não tentar recolher imagens nas áreas de conflito imediato.

A aplicação registou mais de 6.000 s. Thomsen diz ter entre 30 e 50 utilizadores do núcleo activo, contribuindo regularmente para as digitalizações.

O Backup Ukraine inspira-se do que foi feito em Paris, na catedral de Notre Dame, na sequência da destruição pelo fogo em abril de 2019.

Thomsen espera que as digitalizações 3D "nunca sejam necessárias", mas os modelos digitais poderão, um dia, se necessário, ajudar à reconstrução, a novos moldes ou apenas como uma forma de documentação.

"Nada no mundo físico dura para sempre, enquanto uma cópia digital, desde que seja assegurada a manutenção da base de dados, pode durar eternamente", diz.

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