{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/08/14/havai-os-incendios-mais-mortiferos-nos-eua-em-mais-de-um-seculo" }, "headline": "Havai: Os inc\u00eandios mais mort\u00edferos nos EUA em mais de um s\u00e9culo", "description": "A receberem ajuda para sobreviverem, aqueles que perderam tudo temem agora n\u00e3o conseguirem voltar \u00e0s zonas em que viviam, devido \u00e0 especula\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria.", "articleBody": "Com o n\u00famero de mortos a atingir os 96 no domingo, os inc\u00eandios florestais no Havai s\u00e3o agora os mais mort\u00edferos nos EUA em mais de um s\u00e9culo. Muitas organiza\u00e7\u00f5es e indiv\u00edduos prestam ajuda - tanto financeira como direta - aos cidad\u00e3os que perderam praticamente tudo, exceto a vida.\u00a0 O ex\u00e9rcito americano est\u00e1 a coordenar os esfor\u00e7os humanit\u00e1rios nas zonas afetadas. Muitos havaianos residem em campos tempor\u00e1rios. Centenas de pessoas continuam desaparecidas. As pessoas procuram desesperadamente os seus amigos e familiares perdidos. Ao mesmo tempo, as autoridades bloquearam novamente o o dos habitantes locais \u00e0 devastada Lahaina , impedindo tamb\u00e9m o fluxo de ajuda - apesar de os turistas serem autorizados a visitar os hot\u00e9is para recolher os seus pertences. Cr\u00edticas \u00e0s autoridades\u00a0 O governo e as ag\u00eancias do Estado est\u00e3o a ser criticados pela forma como (n\u00e3o) geriram a cat\u00e1strofe e, evidentemente, todos se questionam por que raz\u00e3o a cat\u00e1strofe foi de tal magnitude, como se as autoridades respons\u00e1veis n\u00e3o estivessem totalmente preparadas . Foi instaurado um processo contra uma empresa de eletricidade local em Maui, que alegadamente n\u00e3o cortou a corrente atrav\u00e9s das suas linhas el\u00e9tricas, mesmo depois de muitos postes el\u00e9ctricos terem ca\u00eddo. N\u00e3o \u00e9 referido diretamente no processo, mas os curtos-circuitos provocados por esse facto s\u00e3o vistos como uma das poss\u00edveis raz\u00f5es pelas quais os inc\u00eandios se tornaram t\u00e3o grandes. O governador do Havai, Josh Green, apela a que se aproveite o tempo para ajudar as pessoas, reconstruir e reparar os danos e deixar que as ag\u00eancias competentes fa\u00e7am a investiga\u00e7\u00e3o.\u00a0 \u0022Com o tempo, vamos poder perceber se pod\u00edamos ter protegido melhor as pessoas. \u00c9 por isso que estamos a rever tudo. E queremos fazer isso de uma forma muito aberta e transparente. Mas foi complicado pelo facto de ter havido v\u00e1rios inc\u00eandios nesta bela ilha ao mesmo tempo\u0022, afirmou. O presidente Joe Biden disse este domingo que estava a \u0022estudar\u0022 a possibilidade de visitar a ilha, mas para o governador Green isso \u00e9 uma preocu\u00e7\u00e3o acrescida j\u00e1 que o presidente dos EUA viaja normalmente com uma grande equipa, o que causaria \u0022complica\u00e7\u00f5es\u0022 nos locais afetados pelo inc\u00eandio. Residentes receiam\u00a0perder o \u0022direito\u0022 de voltar a Lahaina Para al\u00e9m terem de reconstruir as suas vidas a partir do zero, milhares de residente em Lahaina t\u00eam uma preocupa\u00e7\u00e3o acrescida: o receio de que uma cidade reconstru\u00edda em Maui possa cair nas m\u00e3os de forasteiros abastados . Uma falta cr\u00f3nica de habita\u00e7\u00e3o e um afluxo de compradores de segundas habita\u00e7\u00f5es e de transplantados ricos t\u00eam vindo a deslocar residentes e nativos da ilha, que d\u00e3o a Lahaina o seu esp\u00edrito e identidade. O inc\u00eandio florestal de r\u00e1pida propaga\u00e7\u00e3o que incinerou grande parte da compacta povoa\u00e7\u00e3o costeira, multiplicou as preocupa\u00e7\u00f5es de que quaisquer casas ali reconstru\u00eddas sejam destinadas a estrangeiros abastados que procuram um ref\u00fagio tropical.\u00a0 Isso iria aumentar o que j\u00e1 \u00e9 um dos maiores e mais graves desafios do Havai: o \u00eaxodo e a desloca\u00e7\u00e3o dos nativos havaianos e dos residentes locais que j\u00e1 n\u00e3o t\u00eam dinheiro para viver na sua terra natal. ", "dateCreated": "2023-08-14T00:48:52+02:00", "dateModified": "2023-08-14T12:28:32+02:00", "datePublished": "2023-08-14T07:14:19+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F82%2F04%2F98%2F1440x810_cmsv2_f7d08091-dbbe-599c-ad81-fb5186849f13-7820498.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Rescaldo dos inc\u00eandios de Maui, no Havai", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F82%2F04%2F98%2F432x243_cmsv2_f7d08091-dbbe-599c-ad81-fb5186849f13-7820498.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Barradas", "givenName": "Maria", "name": "Maria Barradas", "url": "/perfis/114", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Havai: Os incêndios mais mortíferos nos EUA em mais de um século

Rescaldo dos incêndios de Maui, no Havai
Rescaldo dos incêndios de Maui, no Havai Direitos de autor PATRICK T. FALLON/AFP or licensors
Direitos de autor PATRICK T. FALLON/AFP or licensors
De Maria Barradas com AP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A receberem ajuda para sobreviverem, aqueles que perderam tudo temem agora não conseguirem voltar às zonas em que viviam, devido à especulação imobiliária.

PUBLICIDADE

Com o número de mortos a atingir os 96 no domingo, os incêndios florestais no Havai são agora os mais mortíferos nos EUA em mais de um século.

Muitas organizações e indivíduos prestam ajuda - tanto financeira como direta - aos cidadãos que perderam praticamente tudo, exceto a vida. 

O exército americano está a coordenar os esforços humanitários nas zonas afetadas. Muitos havaianos residem em campos temporários. Centenas de pessoas continuam desaparecidas. As pessoas procuram desesperadamente os seus amigos e familiares perdidos.

Ao mesmo tempo, as autoridades bloquearam novamente o o dos habitantes locais à devastada Lahaina, impedindo também o fluxo de ajuda - apesar de os turistas serem autorizados a visitar os hotéis para recolher os seus pertences.

Críticas às autoridades

O governo e as agências do Estado estão a ser criticados pela forma como (não) geriram a catástrofe e, evidentemente, todos se questionam por que razão a catástrofe foi de tal magnitude, como se as autoridades responsáveis não estivessem totalmente preparadas.

Foi instaurado um processo contra uma empresa de eletricidade local em Maui, que alegadamente não cortou a corrente através das suas linhas elétricas, mesmo depois de muitos postes eléctricos terem caído. Não é referido diretamente no processo, mas os curtos-circuitos provocados por esse facto são vistos como uma das possíveis razões pelas quais os incêndios se tornaram tão grandes.

O governador do Havai, Josh Green, apela a que se aproveite o tempo para ajudar as pessoas, reconstruir e reparar os danos e deixar que as agências competentes façam a investigação. 

"Com o tempo, vamos poder perceber se podíamos ter protegido melhor as pessoas. É por isso que estamos a rever tudo. E queremos fazer isso de uma forma muito aberta e transparente. Mas foi complicado pelo facto de ter havido vários incêndios nesta bela ilha ao mesmo tempo", afirmou.

O presidente Joe Biden disse este domingo que estava a "estudar" a possibilidade de visitar a ilha, mas para o governador Green isso é uma preocução acrescida já que o presidente dos EUA viaja normalmente com uma grande equipa, o que causaria "complicações" nos locais afetados pelo incêndio.

Residentes receiam perder o "direito" de voltar a Lahaina

Para além terem de reconstruir as suas vidas a partir do zero, milhares de residente em Lahaina têm uma preocupação acrescida: o receio de que uma cidade reconstruída em Maui possa cair nas mãos de forasteiros abastados.

Uma falta crónica de habitação e um afluxo de compradores de segundas habitações e de transplantados ricos têm vindo a deslocar residentes e nativos da ilha, que dão a Lahaina o seu espírito e identidade.

O incêndio florestal de rápida propagação que incinerou grande parte da compacta povoação costeira, multiplicou as preocupações de que quaisquer casas ali reconstruídas sejam destinadas a estrangeiros abastados que procuram um refúgio tropical. 

Isso iria aumentar o que já é um dos maiores e mais graves desafios do Havai: o êxodo e a deslocação dos nativos havaianos e dos residentes locais que já não têm dinheiro para viver na sua terra natal.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Demitiu-se o chefe dos serviços de emergência de Maui

Vulcão mais ativo do Havai inicia nova erupção

Número de mortos nos incêndios florestais na Califórnia sobe para 11