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A diplomacia l\u00edbia denunciou uma \u0022explora\u00e7\u00e3o pelos meios de comunica\u00e7\u00e3o hebraicos e internacionais\u0022 deste \u0022incidente\u0022 que tentam apresentar como \u0022uma reuni\u00e3o ou negocia\u00e7\u00f5es\u0022. Persegui\u00e7\u00e3o aos judeus A L\u00edbia, mergulhada no caos desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, n\u00e3o mant\u00e9m rela\u00e7\u00f5es diplom\u00e1ticas com Israel. A maior parte da popula\u00e7\u00e3o judaica l\u00edbia deixou o pa\u00eds durante os vinte anos que se seguiram \u00e0 Segunda Guerra Mundial, principalmente para ir para Israel. Algumas centenas de judeus ainda viviam na L\u00edbia na \u00e9poca do golpe de Muammar Kadhafi em 1969, que os expulsou, confiscou os seus bens e destruiu as sinagogas. Israel normalizou, nos \u00faltimos anos, as suas rela\u00e7\u00f5es com algumas na\u00e7\u00f5es \u00e1rabes, no \u00e2mbito dos Acordos de Abra\u00e3o sob a \u00e9gide dos Estados Unidos. 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Chefe da diplomacia líbia suspensa após encontro com homólogo israelita em Roma

Manifestantes queimam fotos do ministro israelita dos Negócios Estrangeiros e da sua homóloga líbia, nas ruas de Trípoli, na Líbia
Manifestantes queimam fotos do ministro israelita dos Negócios Estrangeiros e da sua homóloga líbia, nas ruas de Trípoli, na Líbia Direitos de autor Yousef Murad/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Yousef Murad/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
De Maria Barradas com Agências
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Os protestos nas ruas levaram à suspensão da ministra líbia dos Negócios Estrangeiros, após o seu homólogo israelita ter revelado que se tinham encontrado em Roma.

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O chefe do governo da Líbia, Abdelhamid Dbeibah, suspendeu a ministra dos Negócios Estrangeiros, Najla al-Mangoush, após o anúncio, no domingo, de um encontro, na semana ada, com seu homólogo israelita.

A notícia do encontro provocou manifestações de protesto em Trípoli e em outras cidades líbias, de cidadãos que recusam a normalização das relações com Israel.

No centro de Trípoli, os manifestantes dirigiram-se ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para exigir a demissão da ministra. Em algumas cidades foram cortadas estradas, queimados pneus e exibidas bandeiras da Palestina.

O governo anunciou em comunicado: A "senhora Mangoush" é suspensa provisoriamente" e submetida a um "inquérito istrativo" por uma comissão presidida pelo Ministro da Justiça.

A crise foi desencadeada poucas horas antes pelo anúncio do ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Eli Cohen, de um encontro "inédito", em Roma, na semana ada, com a sua homóloga líbia.

Cohen disse, em comunicado: "Falei com a Ministra dos Negócios Estrangeiros sobre o grande potencial que representam as relações entre os dois países". Trata-se de um "primeiro o nas relações entre Israel e a Líbia", considerando que "o tamanho e o lugar estratégico da Líbia oferecem uma enorme oportunidade para o Estado de Israel".

Com a "benção" de Roma?

Segundo o comunicado israelita, este encontro teve lugar sob os auspícios do ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Líbia emitiu um comunicado em que tentou relativizar a importância da reunião: "O que aconteceu em Roma foi um encontro casual e não oficial, durante um encontro com o seu homólogo italiano (Antonio Tajani), que não incluiu qualquer discussão, acordo ou consulta" (...) A ministra recordou "de forma clara e sem ambiguidade a posição da Líbia em relação à causa palestiniana".

A diplomacia líbia denunciou uma "exploração pelos meios de comunicação hebraicos e internacionais" deste "incidente" que tentam apresentar como "uma reunião ou negociações".

Perseguição aos judeus

A Líbia, mergulhada no caos desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, não mantém relações diplomáticas com Israel.

A maior parte da população judaica líbia deixou o país durante os vinte anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, principalmente para ir para Israel.

Algumas centenas de judeus ainda viviam na Líbia na época do golpe de Muammar Kadhafi em 1969, que os expulsou, confiscou os seus bens e destruiu as sinagogas.

Israel normalizou, nos últimos anos, as suas relações com algumas nações árabes, no âmbito dos Acordos de Abraão sob a égide dos Estados Unidos. No entanto, a atual política do governo de Benjamin Netanyahu tem sido alvo de críticas por parte dos países árabes, na sequência da onda de violência na Cisjordânia ocupada e da continuação da colonização do território.

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