A mudança surge após a decisão do Supremo Tribunal no mês ado, segundo a qual o termo "mulher" na lei da igualdade se refere a uma "mulher biológica".
A Federação Inglesa de Futebol (FA) anunciou que as mulheres transgénero não poderão competir no futebol feminino em Inglaterra a partir do início de junho.
A decisão vem na sequência de um acórdão do Supremo Tribunal, proferido no mês ado, segundo o qual os termos "mulher" e "sexo" na lei da igualdade se referem a "uma mulher biológica e ao sexo biológico".
Em resultado do acórdão, a FA foi aconselhada pelos seus advogados a alterar a sua política anterior, que permitia que as mulheres transgénero jogassem no futebol feminino.
Num comunicado divulgado na quinta-feira, o organismo de futebol disse que sempre esteve aberto a rever a sua posição "se houvesse uma mudança material na lei".
"A decisão do Supremo Tribunal de Justiça de 16 de abril significa que vamos alterar a nossa política", confirmou a Federação Inglesa de Futebol.
"As mulheres transgénero deixarão de poder jogar no futebol feminino em Inglaterra e esta política será implementada a partir de 1 de junho de 2025", acrescentou.
A FA disse que iria ar diretamente todas as mulheres transgénero registadas e afetadas pela decisão.
A medida surge apenas um mês depois de a FA ter decidido que as mulheres transgénero podiam continuar a jogar futebol feminino desde que os seus níveis de testosterona fossem inferiores a cinco nmol/L durante pelo menos um ano.
A decisão polémica do Supremo Tribunal veio pôr em causa anos de elaboração de políticas, tendo muitos grupos de defesa dos direitos humanos criticado o acórdão.
Uma antiga juíza trans planeia apresentar um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH).
Victoria McCloud, que se assumiu como transgénero na década de 1990 e se tornou juíza em 2006, disse à Euronews que o acórdão tornou a vida "impossível" para pessoas como ela.