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O efeito devastador do bloqueio na economia da Faixa de Gaza

O efeito devastador do bloqueio na economia da Faixa de Gaza
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Com mais de metade da população a viver na pobreza e uma economia em ruínas, a Faixa de Gaza luta pela sobrevivência

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Um milhão e oitocentos mil palestinianos vivem desde 2007 "bloqueados" por Israel na Faixa de Gaza, sem o ao resto dos territórios palestinianos, nem ao mundo externo.

Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), em 2017, 53% vivia abaixo do limiar da pobreza, com o equivalente a menos de 4 euros por dia.

A economia de Gaza encontra-se em ruínas.

Moeen Rajab, economista: "Existem estimativas oficiais da taxa de desemprego na Faixa de Gaza, que variam entre 43% e 44% em termos gerais e chegam aos 50/60% entre os mais jovens. É um resultado do bloqueio, que não providencia qualquer oportunidade de trabalho e fecha as portas a todas as formas de produtividade e desenvolvimento, reduzindo assim bastante as oportunidades de emprego."

Fundada em 2011 em parceria com a Google e a ONG Mercy Corps, a Gaza Sky Geeks tenta "romper" o bloqueio, providenciando treino e recursos tecnológicos, como o rápido à internet, à população na Faixa de Gaza. 

Saed Habib é o responsável pelos programas de "freelance" da Gaza Sky Geeks:

"O trabalho à distância é uma forma de vida para qualquer pessoas com determinadas capacidades, que possa trabalhar 'online'. Vivemos todos nesta região, vemos e sofremos com as condições que nos rodeiam. Os recém licenciados enfrentam diariamente um bloqueio sufocante que destruiu a maioria das oportunidades. Nunca há novos trabalhos e as oportunidades diminuem gradualmente."

Oportunidade de emprego e negócio parecem miragens num território onde 90% da água não é potável e a eletricidade apenas funciona quatro horas por dia.

Dalal Al Aziz, estudante: "Sou estudante universitária e estou no quarto ano. Sei que quando me licenciar não terei emprego, porque vejo todos os que acabaram antes de mim e que continuam desempregados."

Loay Qannan, desempregado: "Estou em casa. Só preciso de um computador, eletricidade, internet e um telemóvel. São necessidades básicas, sem as quais não posso trabalhar. Aqui enfrentamos muitas dificuldades pela falta de eletricidade e internet."

Em 2012, cinco anos após o início do bloqueio, as Nações Unidas lançavam o alerta: as condições de vida na Faixa de Gaza seriam insustentáveis em 2020. No ano ado, a ONU afirmava que a vida da população no enclave palestiniano estava a deteriorar-se de forma "mais profunda e mais rápida" do que as previsões de 2012.

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