{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2021/12/15/emprego-recuperou-mais-depressa-na-europa-do-que-nos-estados-unidos" }, "headline": "Emprego recuperou mais depressa na Europa do que nos Estados Unidos", "description": "Os governos pagaram \u00e0s empresas para manter os empregos das pessoas. O que permite, no momento da retoma da economia, recome\u00e7ar imediatamente a trabalhar. Nos EUA, \u00e9 bastante diferente\u0022, sublinhou Laurence Boone, economista chefe da OCDE.", "articleBody": "A economia europeia dever\u00e1 continuar a crescer em 2022 e 2023 e o \u00a0emprego recuperou mais depressa na Europa do que nos Estados Unidos.\u00a0 \u201cAs economias europeias desenvolvem-se bastante bem em compara\u00e7\u00e3o com os outros pa\u00edses. Tem sido muito interessante observar a forma como os pa\u00edses protegeram a popula\u00e7\u00e3o na Europa. Os governos pagaram \u00e0s empresas para manter os empregos das pessoas. O que permite, no momento da retoma da economia, recome\u00e7ar imediatamente a trabalhar. Nos EUA, \u00e9 bastante diferente. Os governos enviaram cheques \u00e0s fam\u00edlias, elas receberam o dinheiro, mas j\u00e1 n\u00e3o t\u00eam emprego. O que observamos agora \u00e9 que o emprego regressou quase aos n\u00edveis anteriores na Europa, contrariarmente aos Estados Unidos\u201d, disse \u00e0 euronews\u00a0 Laurence Boone , economista chefe da OCDE . As tr\u00eas grandes amea\u00e7as \u00e0 recupera\u00e7\u00e3o A economia europeia dever\u00e1 crescer mais rapidamente do que se esperava .\u00a0 O crescimento do PIB dever\u00e1 chegar aos 5% at\u00e9 ao final de 2021, na Uni\u00e3o Europeia e na zona euro, um pouco acima do previsto.\u00a0 A partir de 2022, prev\u00ea-se um crescimento de 4,3% e, em 2023, um aumento do PIB de 2,5% na Uni\u00e3o Europeia e de 2,4% na zona euro.\u00a0 Mas h\u00e1 tr\u00eas grandes amea\u00e7as \u00e0 recupera\u00e7\u00e3o: o enorme aumento dos casos de Covid-19 na Europa, o aumento dos custos da energia e as perturba\u00e7\u00f5es na cadeia de abastecimento. O aumento do n\u00famero de casos de Covid-19 afetou os mercados. As novas restri\u00e7\u00f5es poder\u00e3o ter impacto na actividade econ\u00f3mica. As dificuldades e rupturas na cadeia de abastecimento s\u00e3o o maior risco para as empresas. O caso de It\u00e1lia A previs\u00e3o de crescimento para It\u00e1lia \u00e9 de 6,2%, mas, os problemas da cadeia de abastecimento s\u00e3o um risco para a recupera\u00e7\u00e3o da economia italiana. A euronews visitou \u00a0uma empresa da Lombardia que\u00a0 produz bicicletas el\u00e9ctricas e que \u00e9\u00a0 afetada pelas perturba\u00e7\u00f5es na cadeia global de abastecimento. Desde a pandemia, a procura de bicicletas aumentou 60%, mas a empresa italiana Atala n\u00e3o consegue tirar partido da situa\u00e7\u00e3o devido aos atrasos na entrega de v\u00e1rias pe\u00e7as e materiais. \u0022Em m\u00e9dia, aument\u00e1mos a produ\u00e7\u00e3o em 36% em 2020. Em 2021, o crescimento dever\u00e1 rondar os 10 ou 15%. Poderia ser mais elevado, mas a falta de componentes reduz o nosso potencial de expans\u00e3o\u0022, disse \u00e0 euronews\u00a0Massimo Panzeri, presidente da Atala. Relocalizar a produ\u00e7\u00e3o: o desafio das mat\u00e9rias-primas A empresa italiana espera tirar partido da relocaliza\u00e7\u00e3o de parte das actividades que estavam na Turquia. Uma decis\u00e3o estrat\u00e9gica que n\u00e3o vai resolver todos os problemas ao n\u00edvel da cadeia de abastecimento, como reconheceu o presidente da empresa. \u0022Se relocalizarmos a soldagem ou a pintura mas nos faltarem as varetas de alum\u00ednio, as fibra de carbono, materiais para as c\u00e9lulas das baterias, ou a\u00e7o que n\u00e3o \u00e9 produzido na Europa, estaremos apenas a transferir o problema para outro pa\u00eds. \u00c9 preciso uma vis\u00e3o pol\u00edtica a n\u00edvel europeu. A mudan\u00e7a n\u00e3o pode cingir-se a uma parte da cadeia, tem de come\u00e7ar pelo in\u00edcio, pela mat\u00e9ria-prima\u0022, sublinhou Massimo Panzeri. 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O que observamos agora \u00e9 que emprego regressou quase aos n\u00edveis anteriores na Europa, contrariarmente aos Estados Unidos \u201d. euronews : \u0022Est\u00e1 preocupada com o impacto da nova variante do v\u00edrus na economia?\u0022 Laurence Boone : \u201odemos conceber dois cen\u00e1rios. A variante poder\u00e1 atrasar ligeiramente a recupera\u00e7\u00e3o e aumentar a tens\u00e3o na cadeia de abastecimento ou se for uma variante mais dif\u00edcil pode levar a uma quebra na recupera\u00e7\u00e3o e a uma queda nos pre\u00e7os, nesse caso\u201d. euronews : \u201cEst\u00e1 preocupada com o pico da infla\u00e7\u00e3o actual?\u201d Laurence Boone : \u201cSe resolvermos a situa\u00e7\u00e3o sanit\u00e1ria at\u00e9 ao Ver\u00e3o e se as coisas regressarem ao normal, estamos bastante confiantes de que as tens\u00f5es ao n\u00edvel da oferta v\u00e3o come\u00e7ar a desaparecer a infla\u00e7\u00e3o dever\u00e1 diminuir gradualmente. 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Emprego recuperou mais depressa na Europa do que nos Estados Unidos

Em parceria comThe European Commission
Emprego recuperou mais depressa na Europa do que nos Estados Unidos
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Os governos pagaram às empresas para manter os empregos das pessoas. O que permite, no momento da retoma da economia, recomeçar imediatamente a trabalhar. Nos EUA, é bastante diferente", sublinhou Laurence Boone, economista chefe da OCDE.

A economia europeia deverá continuar a crescer em 2022 e 2023 e o emprego recuperou mais depressa na Europa do que nos Estados Unidos. 

“As economias europeias desenvolvem-se bastante bem em comparação com os outros países. Tem sido muito interessante observar a forma como os países protegeram a população na Europa. Os governos pagaram às empresas para manter os empregos das pessoas. O que permite, no momento da retoma da economia, recomeçar imediatamente a trabalhar. Nos EUA, é bastante diferente. Os governos enviaram cheques às famílias, elas receberam o dinheiro, mas já não têm emprego. O que observamos agora é que o emprego regressou quase aos níveis anteriores na Europa, contrariarmente aos Estados Unidos”, disse à euronews Laurence Boone, economista chefe da OCDE.

As três grandes ameaças à recuperação

A economia europeia deverá crescer mais rapidamente do que se esperava. O crescimento do PIB deverá chegar aos 5% até ao final de 2021, na União Europeia e na zona euro, um pouco acima do previsto. A partir de 2022, prevê-se um crescimento de 4,3% e, em 2023, um aumento do PIB de 2,5% na União Europeia e de 2,4% na zona euro. 

Mas há três grandes ameaças à recuperação: o enorme aumento dos casos de Covid-19 na Europa, o aumento dos custos da energia e as perturbações na cadeia de abastecimento.

O aumento do número de casos de Covid-19 afetou os mercados. As novas restrições poderão ter impacto na actividade económica. As dificuldades e rupturas na cadeia de abastecimento são o maior risco para as empresas.

O caso de Itália

A previsão de crescimento para Itália é de 6,2%, mas, os problemas da cadeia de abastecimento são um risco para a recuperação da economia italiana. A euronews visitou uma empresa da Lombardia que produz bicicletas eléctricas e que é afetada pelas perturbações na cadeia global de abastecimento.

Desde a pandemia, a procura de bicicletas aumentou 60%, mas a empresa italiana Atala não consegue tirar partido da situação devido aos atrasos na entrega de várias peças e materiais.

"Em média, aumentámos a produção em 36% em 2020. Em 2021, o crescimento deverá rondar os 10 ou 15%. Poderia ser mais elevado, mas a falta de componentes reduz o nosso potencial de expansão", disse à euronews Massimo Panzeri, presidente da Atala.

Relocalizar a produção: o desafio das matérias-primas

A empresa italiana espera tirar partido da relocalização de parte das actividades que estavam na Turquia. Uma decisão estratégica que não vai resolver todos os problemas ao nível da cadeia de abastecimento, como reconheceu o presidente da empresa.

"Se relocalizarmos a soldagem ou a pintura mas nos faltarem as varetas de alumínio, as fibra de carbono, materiais para as células das baterias, ou aço que não é produzido na Europa, estaremos apenas a transferir o problema para outro país. É preciso uma visão política a nível europeu. A mudança não pode cingir-se a uma parte da cadeia, tem de começar pelo início, pela matéria-prima", sublinhou Massimo Panzeri.

O receio do aumento da inflação

Face às dificuldades de abastecimento há receios de um aumento da inflação, em particular em Itália, o país que mais investe na União Europeia atualmente. Roma prevê investir 235 mil milhões de euros em 5 anos, o que inclui 191,5 mil milhões do fundo de recuperação europeu. A Itália recebeu a primeira fatia de 25 mil milhões em Agosto.

Com a retoma rápida da economia, as perturbações no abastecimento e o aumento do preço da energia levaram à subida da inflação. Na zona euro, em 2020, a inflação foi de -0,3%. No terceiro trimestre de 2021 subiu para 2,8%. Deverá atingir 2,4% em 2022 na zona euro e 2,6% na União Europeia. 

O desafio é reter os jovens

Em Turim, a Argotec produz microssatélites espaciais. A Agência Espacial Norte Americana (NASA) é um dos clientes da empresa italiana. Para responder ao aumento da procura no setor espacial, a empresa quer duplicar o número de trabalhadores. Um dos desafios é atrair os jovens italianos.

"A economia, em particular a economia italiana, como se vê nas estatísticas e nas projecções, está a sofrer uma espécie de renascimento. O mais importante é pensar no futuro isso significa investir. O que queremos fazer, com o governo, é desenvolver a capacidade de trazer de volta os jovens que, por várias razões, deixam o país para fazer investigação e desenvolvimento no estrangeiro", afirmou David Avino, presidente da Argotec.

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A economista chefe da OCDE Laurence Boone considera que a UE obteve melhores resultados do que os EUA ao nível do emprego no contexto da pandemiaeuronews

As perpetivas económicas para a Europa segundo a OCDE

A euronews falou com Laurence Boone, economista chefe da OCDE sobre as perspectivas económicas para a Europa.

euronews: “Há um aumento enorme do número de casos de covid-19. Qual será o impacto na recuperação?”

Laurence Boone: “A recuperação europeia está no bom caminho mas a covid-19 traz incertezas ao nível das perspectivas”.

euronews: “E se compararmos a Europa com o quadro global na OCDE?”

Laurence Boone: “As economias europeias desenvolvem-se bastante bem em comparação com todos os países. Tem sido muito interessante observar a forma como os países protegeram a população na Europa. Os governos pagaram às empresas para manter os empregos das pessoas. O que permite, no momento da retoma da economia, recomeçar imediatamente a trabalhar. Nos EUA, é bastante diferente. Os governos enviaram cheques às famílias, elas recebem o dinheiro, mas já não têm emprego. O que observamos agora é que emprego regressou quase aos níveis anteriores na Europa, contrariarmente aos Estados Unidos”.

euronews: "Está preocupada com o impacto da nova variante do vírus na economia?"

Laurence Boone: “Podemos conceber dois cenários. A variante poderá atrasar ligeiramente a recuperação e aumentar a tensão na cadeia de abastecimento ou se for uma variante mais difícil pode levar a uma quebra na recuperação e a uma queda nos preços, nesse caso”.

euronews: “Está preocupada com o pico da inflação actual?”

Laurence Boone: “Se resolvermos a situação sanitária até ao Verão e se as coisas regressarem ao normal, estamos bastante confiantes de que as tensões ao nível da oferta vão começar a desaparecer a inflação deverá diminuir gradualmente. Se não conseguirmos controlar a situação sanitária e as tensões continuarem em 2022 e 2023 teremos mais razões para ficar preocupados com a pressão inflacionista que durará mais tempo”.

euronews: “Há razões para a alegria do Natal?”

Laurence Boone: “Claro que há razões para alegria neste Natal. Primeiro, há um ano, foi possível criar uma vacina em cerca de nove meses. Normalmente, são precisos 10 anos para ter uma vacina. Esta crise conseguiu proteger o máximo possível as pessoas e empresas e levou à tomada de consciência sobre a crise climática. Penso que estamos no bom caminho”.

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