{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2021/07/02/a-pressao-da-reforma-igreja-alema-debate-se-com-a-mudanca" }, "headline": "A press\u00e3o da Reforma. Igreja alem\u00e3 debate-se com a mudan\u00e7a", "description": "Entre os cat\u00f3licos, h\u00e1 mulheres que querem dar a missa e casais homossexuais a ser aben\u00e7oados na sua uni\u00e3o. Na Alemanha, onde a pedofilia afastou muitos da Igreja, a press\u00e3o para acompahar as mudan\u00e7as sociais \u00e9 grande, mesmo entre a hierarquia eclesi\u00e1stica.", "articleBody": "Numa zona calma da cidade de Col\u00f3nia, no oeste da Alemanha, estas bandeiras arco-\u00edris, - as cores da comunidade LGBT+ - s\u00e3o exibidas em frente \u00e0 igreja de S. Pancr\u00e1cio. Uma das cerca de cem igrejas que, no ado m\u00eas de Maio, por todo o pa\u00eds, organizaram b\u00ean\u00e7\u00e3os p\u00fablicas a casais do mesmo sexo, durante um dia intitulado, \u0022O amor vence\u0022. Karin participou na cerim\u00f3nia. A 17 de maio, viu a sua uni\u00e3o com a esposa, Britta, aben\u00e7oada. \u201cEstou com a minha mulher h\u00e1 mais de 20 anos. Cas\u00e1mo-nos pelo registo civil, no ano ado, e, em 2008, quando oficializ\u00e1mos a nossa uni\u00e3o, tamb\u00e9m recebemos uma b\u00ean\u00e7\u00e3o de um padre cat\u00f3lico, que foi suspenso nessa altura. Mas \u00e9 claro que isto foi feito em segredo, n\u00e3o era p\u00fablico. E a f\u00e9 \u00e9 muito importante para mim e tamb\u00e9m para a minha mulher. Por isso, foi realmente impressionante, sair deste segredo emocionou-nos profundamente. Foi simplesmente uma grande alegria, e um grande o, longe da Igreja que nos discriminou e tanto nos rejeitou, e nos recusou sermos aben\u00e7oadas\u0022. A b\u00ean\u00e7\u00e3o, igreja de S. Pancr\u00e1cio, foi autorizada pelo padre Wolfgang Fey, para quem \u00e9 claro que a Igreja deve acompanhar a evolu\u00e7\u00e3o da sociedade. \u0022Quando eu era crian\u00e7a, havia pai, m\u00e3e, filho. Isso era uma fam\u00edlia, mas agora \u00e9 muito diferente. Temos dois pais, ou duas m\u00e3es. H\u00e1 fam\u00edlias de divorciados, pais solteiros. E o pastor, o padre, as b\u00ean\u00e7\u00e3os est\u00e3o no centro da vida, no meio das pessoas. Devemos perceber com uma mente alerta, um olhar atento, o que est\u00e1 a acontecer, como as pessoas vivem. Devemos aprender a vida real e a viver com elas\u201d. Esc\u00e2ndalos de pedofilia provocam abandono da Igreja Contra a doutrina do Vaticano, as b\u00ean\u00e7\u00e3os das uni\u00f5es homossexuais foram apenas uma das express\u00f5es de um movimento de reforma que est\u00e1 a crescer na Alemanha, num contexto de profundo questionamento da Igreja Cat\u00f3lica, abalada por esc\u00e2ndalos de pedofilia. O Cardeal Woelki, arcebispo de Col\u00f3nia, tem estado sob fogo por ter atrasado a publica\u00e7\u00e3o de um relat\u00f3rio de 800 p\u00e1ginas sobre o abuso sexual de menores por membros da diocese, a maior e a mais rica do pa\u00eds. Woelki \u00e9 criticado por alegadamente estar a proteger esses padres. E a indigna\u00e7\u00e3o \u00e9 grande entre os cat\u00f3licos alem\u00e3es. Instalado no tribunal distrital de Col\u00f3nia, fica o gabinete onde dezenas de pessoas v\u00eam todos os dias para deixar oficialmente a Igreja cat\u00f3lica. A procura \u00e9 t\u00e3o elevada que, uma vez, o servidor para os registos da istra\u00e7\u00e3o judicial local foi abaixo e levou o tribunal a \u0022aumentar o n\u00famero de atendimentos. Dos iniciais 600 por m\u00eas, chegamos agora at\u00e9 aos 1800\u0022, conta o seu porta-voz, Maurits Steinebach. Os seguidores da Igreja alem\u00e3 s\u00e3o obrigados a pagar um imposto para financiar as institui\u00e7\u00f5es religiosas a que pertencem e est\u00e3o registados pelas autoridades fiscais. O crescente desacordo com o Vaticano est\u00e1 a levar cada vez mais cat\u00f3licos a abandonar a institui\u00e7\u00e3o, que j\u00e1 n\u00e3o querem financiar. Com os \u00faltimos esc\u00e2ndalos de abusos, o n\u00famero de desist\u00eancias disparou. Pela igualdade das mulheres Doris Bauer serviu na Igreja Cat\u00f3lica durante muitos anos. No \u00faltimo, deixou a institui\u00e7\u00e3o. No entanto, continua a trabalhar no seio da comunidade crist\u00e3, com um movimento chamado Maria 2.0, que advoga uma reforma profunda das institui\u00e7\u00f5es religiosas. \u0022O Maria 2.0, exige, em primeiro lugar, o reconhecimento de todas as causas da viol\u00eancia sexualizada. [Defende] que os perpetradores n\u00e3o devem continuar a ser autorizados a exercer fun\u00e7\u00f5es, que as mulheres devem ter o a todos os cargos na Igreja e que o celibato obrigat\u00f3rio deve mudar, para que todos possam decidir. A moralidade sexual tamb\u00e9m tem de mudar, j\u00e1 n\u00e3o corresponde ao mundo em que as pessoas vivem e \u00e9 simplesmente ostracista e desumana\u201d, defende a cofundadora. Entre o clero alem\u00e3o, as ideias defendidas pelo movimento dividem conservadores e reformadores, no chamado caminho sinodal, um vasto debate lan\u00e7ado em 2019 pela Confer\u00eancia Episcopal e pelo comit\u00e9 central dos cat\u00f3licos alem\u00e3es, para reformar a institui\u00e7\u00e3o. As conclus\u00f5es dever\u00e3o ser apresentadas em 2022. Marianne Arndt est\u00e1 ativamente envolvida no debate. H\u00e1 anos que trabalha para a igreja e, todos os meses, vai pregar a um lar de Col\u00f3nia, algo que s\u00f3 \u00e9 permitido \u00e0s mulheres se os sacramentos tiverem sido dados previamente por um padre. Para os reformados da institui\u00e7\u00e3o, como Mathias Hofmann, trata-se de um absurdo e de uma injusti\u00e7a. \u0022O Homem \u00e9 tanto homem, como mulher. Foi assim que Deus o criou, \u00e0 sua imagem. N\u00e3o me parece correto que uma parte da humanidade seja proibida de pregar\u0022. No ado m\u00eas de maio, Marianne participou no chamado \u0022Dia das Mulheres Pregadoras\u0022, uma jornada de missas realizadas por mulheres, numa d\u00fazia de igrejas na Alemanha, para reivindicar o direito de proferir oficialmente serm\u00f5es, em p\u00e9 de igualdade com os padres. \u0022Na Idade M\u00e9dia, a Igreja Cat\u00f3lica tornou poss\u00edvel que as raparigas escrevessem, tivessem educa\u00e7\u00e3o. Hoje, deve permitir que as mulheres tenham direitos iguais na sua institui\u00e7\u00e3o, para que todas as mulheres possam ter direitos iguais, deveres iguais, responsabilidades iguais e assim mudar o mundo\u0022, afirma. Ventos de mudan\u00e7a O vento da mudan\u00e7a sopra em alguma da hierarquia da Igreja Cat\u00f3lica Alem\u00e3. Na diocese de Essen, - parte da prov\u00edncia eclesi\u00e1stica de Col\u00f3nia - os l\u00edderes est\u00e3o a pressionar para uma reforma das estruturas e da doutrina da institui\u00e7\u00e3o. Se nada mudar, o bispo Klaus Pfeffer acredita que o descontentamento dos seguidores e a diminui\u00e7\u00e3o do n\u00famero de padres v\u00e3o ser irrevers\u00edveis. \u201cA agita\u00e7\u00e3o e insatisfa\u00e7\u00e3o no n\u00facleo mais \u00edntimo da Igreja Cat\u00f3lica s\u00e3o enormes. Independentemente do esc\u00e2ndalo dos abusos. H\u00e1 a quest\u00e3o da igualdade de direitos para as mulheres e de como lidar com o facto de termos cada vez menos padres. E os casais do mesmo sexo, ou pessoas homossexuais, a quem \u00e9 dito na cara que a forma como vivem \u00e9 na realidade um pecado, o que \u00e9 doloroso e ofensivo. Precisamos de mudar isso. A nossa igreja corre o risco de se desmoronar se n\u00e3o conseguirmos manter as v\u00e1rias correntes, tamb\u00e9m para manter os diferentes pontos de vista juntos. E \u00e9 por isso que fazemos tanta campanha pela mudan\u00e7a, pela reforma e tamb\u00e9m por mais pluralidade na Igreja, por mais abertura, para parar esta tend\u00eancia de cada vez mais pessoas nos deixarem\u201d. ", "dateCreated": "2021-06-10T08:38:48+02:00", "dateModified": "2021-10-04T14:19:35+02:00", "datePublished": "2021-07-02T18:30:20+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F75%2F31%2F58%2F1440x810_cmsv2_8a5603d5-1ae6-59c2-aa92-87f01beff8fe-5753158.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Entre os cat\u00f3licos, h\u00e1 mulheres que querem dar a missa e casais homossexuais a ser aben\u00e7oados na sua uni\u00e3o. Na Alemanha, onde a pedofilia afastou muitos da Igreja, a press\u00e3o para acompahar as mudan\u00e7as sociais \u00e9 grande, mesmo entre a hierarquia eclesi\u00e1stica.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F75%2F31%2F58%2F432x243_cmsv2_8a5603d5-1ae6-59c2-aa92-87f01beff8fe-5753158.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Gauriat", "givenName": "Val\u00e9rie", "name": "Val\u00e9rie Gauriat", "url": "/perfis/28", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@valgauriat", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Magazines europ\u00e9ens" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

A pressão da Reforma. Igreja alemã debate-se com a mudança

A pressão da Reforma. Igreja alemã debate-se com a mudança
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De Valérie Gauriat & Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Entre os católicos, há mulheres que querem dar a missa e casais homossexuais a ser abençoados na sua união. Na Alemanha, onde a pedofilia afastou muitos da Igreja, a pressão para acompahar as mudanças sociais é grande, mesmo entre a hierarquia eclesiástica.

Numa zona calma da cidade de Colónia, no oeste da Alemanha, estas bandeiras arco-íris, - as cores da comunidade LGBT+ - são exibidas em frente à igreja de S. Pancrácio.

Uma das cerca de cem igrejas que, no ado mês de Maio, por todo o país, organizaram bênçãos públicas a casais do mesmo sexo, durante um dia intitulado, "O amor vence".

Karin participou na cerimónia. A 17 de maio, viu a sua união com a esposa, Britta, abençoada.

“Estou com a minha mulher há mais de 20 anos. Casámo-nos pelo registo civil, no ano ado, e, em 2008, quando oficializámos a nossa união, também recebemos uma bênção de um padre católico, que foi suspenso nessa altura. Mas é claro que isto foi feito em segredo, não era público. E a fé é muito importante para mim e também para a minha mulher. Por isso, foi realmente impressionante, sair deste segredo emocionou-nos profundamente. Foi simplesmente uma grande alegria, e um grande o, longe da Igreja que nos discriminou e tanto nos rejeitou, e nos recusou sermos abençoadas".

A bênção, igreja de S. Pancrácio, foi autorizada pelo padre Wolfgang Fey, para quem é claro que a Igreja deve acompanhar a evolução da sociedade.

"Quando eu era criança, havia pai, mãe, filho. Isso era uma família, mas agora é muito diferente. Temos dois pais, ou duas mães. Há famílias de divorciados, pais solteiros. E o pastor, o padre, as bênçãos estão no centro da vida, no meio das pessoas. Devemos perceber com uma mente alerta, um olhar atento, o que está a acontecer, como as pessoas vivem. Devemos aprender a vida real e a viver com elas”.

UNREPORTED EUROPE/EURONEWS
Padre Wolfgang Fey recebe Karin Hörstmann na igreja com uma bandeira LGBT+UNREPORTED EUROPE/EURONEWS

Escândalos de pedofilia provocam abandono da Igreja

Contra a doutrina do Vaticano, as bênçãos das uniões homossexuais foram apenas uma das expressões de um movimento de reforma que está a crescer na Alemanha, num contexto de profundo questionamento da Igreja Católica, abalada por escândalos de pedofilia.

O Cardeal Woelki, arcebispo de Colónia, tem estado sob fogo por ter atrasado a publicação de um relatório de 800 páginas sobre o abuso sexual de menores por membros da diocese, a maior e a mais rica do país.

Woelki é criticado por alegadamente estar a proteger esses padres. E a indignação é grande entre os católicos alemães.

Instalado no tribunal distrital de Colónia, fica o gabinete onde dezenas de pessoas vêm todos os dias para deixar oficialmente a Igreja católica.

A procura é tão elevada que, uma vez, o servidor para os registos da istração judicial local foi abaixo e levou o tribunal a "aumentar o número de atendimentos. Dos iniciais 600 por mês, chegamos agora até aos 1800", conta o seu porta-voz, Maurits Steinebach.

Os seguidores da Igreja alemã são obrigados a pagar um imposto para financiar as instituições religiosas a que pertencem e estão registados pelas autoridades fiscais.

O crescente desacordo com o Vaticano está a levar cada vez mais católicos a abandonar a instituição, que já não querem financiar. Com os últimos escândalos de abusos, o número de desistências disparou.

UNREPORTED EUROPE/EURONEWS
Pedidos para deixar oficialmente a Igreja aumentam nos tribunaisUNREPORTED EUROPE/EURONEWS

Pela igualdade das mulheres

Doris Bauer serviu na Igreja Católica durante muitos anos. No último, deixou a instituição.

No entanto, continua a trabalhar no seio da comunidade cristã, com um movimento chamado Maria 2.0, que advoga uma reforma profunda das instituições religiosas.

"O Maria 2.0, exige, em primeiro lugar, o reconhecimento de todas as causas da violência sexualizada. [Defende] que os perpetradores não devem continuar a ser autorizados a exercer funções, que as mulheres devem ter o a todos os cargos na Igreja e que o celibato obrigatório deve mudar, para que todos possam decidir. A moralidade sexual também tem de mudar, já não corresponde ao mundo em que as pessoas vivem e é simplesmente ostracista e desumana”, defende a cofundadora.

Entre o clero alemão, as ideias defendidas pelo movimento dividem conservadores e reformadores, no chamado caminho sinodal, um vasto debate lançado em 2019 pela Conferência Episcopal e pelo comité central dos católicos alemães, para reformar a instituição. As conclusões deverão ser apresentadas em 2022.

Marianne Arndt está ativamente envolvida no debate. Há anos que trabalha para a igreja e, todos os meses, vai pregar a um lar de Colónia, algo que só é permitido às mulheres se os sacramentos tiverem sido dados previamente por um padre.

Para os reformados da instituição, como Mathias Hofmann, trata-se de um absurdo e de uma injustiça.

"O Homem é tanto homem, como mulher. Foi assim que Deus o criou, à sua imagem. Não me parece correto que uma parte da humanidade seja proibida de pregar".

No ado mês de maio, Marianne participou no chamado "Dia das Mulheres Pregadoras", uma jornada de missas realizadas por mulheres, numa dúzia de igrejas na Alemanha, para reivindicar o direito de proferir oficialmente sermões, em pé de igualdade com os padres.

"Na Idade Média, a Igreja Católica tornou possível que as raparigas escrevessem, tivessem educação. Hoje, deve permitir que as mulheres tenham direitos iguais na sua instituição, para que todas as mulheres possam ter direitos iguais, deveres iguais, responsabilidades iguais e assim mudar o mundo", afirma.

UNREPORTED EUROPE/EURONEWS
Marianne Arndt a pregar num lar de idosos em ColóniaUNREPORTED EUROPE/EURONEWS

Ventos de mudança

O vento da mudança sopra em alguma da hierarquia da Igreja Católica Alemã.

Na diocese de Essen, - parte da província eclesiástica de Colónia - os líderes estão a pressionar para uma reforma das estruturas e da doutrina da instituição.

Se nada mudar, o bispo Klaus Pfeffer acredita que o descontentamento dos seguidores e a diminuição do número de padres vão ser irreversíveis.

“A agitação e insatisfação no núcleo mais íntimo da Igreja Católica são enormes. Independentemente do escândalo dos abusos. Há a questão da igualdade de direitos para as mulheres e de como lidar com o facto de termos cada vez menos padres. E os casais do mesmo sexo, ou pessoas homossexuais, a quem é dito na cara que a forma como vivem é na realidade um pecado, o que é doloroso e ofensivo. Precisamos de mudar isso.

A nossa igreja corre o risco de se desmoronar se não conseguirmos manter as várias correntes, também para manter os diferentes pontos de vista juntos.

E é por isso que fazemos tanta campanha pela mudança, pela reforma e também por mais pluralidade na Igreja, por mais abertura, para parar esta tendência de cada vez mais pessoas nos deixarem”.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

França depois dos atentados de 2015

A questão central das eleições alemãs é a transição energética

Certificação do queijo halloumi suscita controvérsia entre UE, cipriotas gregos e turcos