{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2021/09/22/aumentos-dos-custos-da-energia-sufocam-europeus" }, "headline": "Aumentos dos custos da energia sufocam europeus", "description": "Bruxelas rejeita impacto de pol\u00edticas clim\u00e1ticas", "articleBody": "Para os europeus, a chegada do outono est\u00e1 longe de ser tranquila.\u00a0 O aumento dos custos da energia deixa antever um agravamento das faturas e obriga muitos a apertar o cinto. Em pa\u00edses como It\u00e1lia, por exemplo, esperam-se aumentos na ordem dos 40% no pre\u00e7o da eletricidade o que representa u ma verdadeira dor de cabe\u00e7a para muitas fam\u00edlias. Alguns atribuem a culpa \u00e0 Uni\u00e3o Europeia. Acreditam que \u00e9 tudo por causa do Pacto Verde Europeu e da meta da neutralidade carb\u00f3nica em 2050. A Organiza\u00e7\u00e3o Europeia de Consumidores (BEUC) atira, no entanto, as culpas para os combust\u00edveis f\u00f3sseis. \u0022\u00c9 a nossa depend\u00eancia de combust\u00edveis f\u00f3sseis como a gasolina e o g\u00e1s natural que torna a nossas faturas de energia muito mais caras. A Organiza\u00e7\u00e3o Europeia de Consumidores est\u00e1 a pedir uma mudan\u00e7a acelerada para um sistema energ\u00e9tico mais baseado em energia renov\u00e1vel, com mais energia e\u00f3lica e solar, mas tamb\u00e9m a eletrifica\u00e7\u00e3o de transportes, aquecimento e arrefecimento, por exemplo\u0022, sublinhou, Dimitri Vergne, da\u00a0Organiza\u00e7\u00e3o Europeia de Consumidores. Mas a completa implementa\u00e7\u00e3o das energias renov\u00e1veis promete tardar anos.\u00a0 Enquanto isso muitos europeus sofrem de pobreza energ\u00e9tica. De acordo com estat\u00edsticas de Bruxelas, cerca de 34 milh\u00f5es de europeus n\u00e3o disp\u00f5em de dinheiro para aquecer as casas adequadamente. A Comiss\u00e3o Europeia prop\u00f4s um Fundo Social para a A\u00e7\u00e3o Clim\u00e1tica para salvar o clima e n\u00e3o deixar ningu\u00e9m para tr\u00e1s, m as os especialistas dizem que h\u00e1 outras solu\u00e7\u00f5es que podem ser implementadas. \u0022Existe o chamado pacote de energia limpa de 2019. D\u00e1 exatamente este tipo de provis\u00e3o. Existe a possibilidade de proteger os consumidores dos elevados pre\u00e7os da energia, de proteger os chamados consumidores vulner\u00e1veis. Tamb\u00e9m h\u00e1 a possibilidade de oferecer per\u00edodos especiais de teste. Um deles \u00e9 n\u00e3o cortar a energia porque n\u00e3o pagam as contas. H\u00e1 Estados-membros que oferecem tarifas especiais a esses consumidores e tamb\u00e9m h\u00e1 alguns que oferecem a possibilidade de substituir uma central antiga que est\u00e1 a consumir muita energia por uma mais nova e eficiente\u0022, lembrou\u00a0Denis Hesseling, da Ag\u00eancia de Coopera\u00e7\u00e3o dos Reguladores de Energia (ACER). Como acontece com frequ\u00eancia, os pol\u00edticos s\u00e3o chamados \u00e0 responsabilidade. De acordo com Carlo Bollino, professor na universidade de Per\u00fagia, Bruxelas foi \u0022politicamente fraca\u0022: \u0022 A autoriza\u00e7\u00e3o do gasoduto Nordstream 2 - uma vis\u00e3o bilateral russo-alem\u00e3 que n\u00e3o faz parte de uma vis\u00e3o compartilhada da Europa e que n\u00e3o respeita o territ\u00f3rio ucraniano - enfraqueceu a posi\u00e7\u00e3o da Europa como garante do bem comum a favor de mercantilismo de alguns pa\u00edses fortes como a Alemanha. Isso pode ser atribu\u00eddo a Bruxelas. A Uni\u00e3o Europeia n\u00e3o teve coragem de dizer 'N\u00e3o' \u00e0 Alemanha.\u0022 A Comiss\u00e3o Europeia est\u00e1 a monitorizar a evolu\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os da energia, mas fala no impacto da recupera\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica e, por exemplo, na elevada procura de g\u00e1s na \u00c1sia, colocando de fora a pol\u00edticas relacionadas com o Green Deal. ", "dateCreated": "2021-09-22T10:13:49+02:00", "dateModified": "2021-09-22T17:19:26+02:00", "datePublished": "2021-09-22T17:19:24+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F08%2F98%2F78%2F1440x810_cmsv2_09fd0651-be76-578c-bee8-d17fd50784b0-6089878.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Bruxelas rejeita impacto de pol\u00edticas clim\u00e1ticas", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F08%2F98%2F78%2F432x243_cmsv2_09fd0651-be76-578c-bee8-d17fd50784b0-6089878.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Aumentos dos custos da energia sufocam europeus

Aumentos dos custos da energia sufocam europeus
Direitos de autor Frank Augstein/AP2011
Direitos de autor Frank Augstein/AP2011
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Bruxelas rejeita impacto de políticas climáticas

PUBLICIDADE

Para os europeus, a chegada do outono está longe de ser tranquila. O aumento dos custos da energia deixa antever um agravamento das faturas e obriga muitos a apertar o cinto.

Em países como Itália, por exemplo, esperam-se aumentos na ordem dos 40% no preço da eletricidade o que representa uma verdadeira dor de cabeça para muitas famílias.

Alguns atribuem a culpa à União Europeia. Acreditam que é tudo por causa do Pacto Verde Europeu e da meta da neutralidade carbónica em 2050.

A Organização Europeia de Consumidores (BEUC) atira, no entanto, as culpas para os combustíveis fósseis.

"É a nossa dependência de combustíveis fósseis como a gasolina e o gás natural que torna a nossas faturas de energia muito mais caras. A Organização Europeia de Consumidores está a pedir uma mudança acelerada para um sistema energético mais baseado em energia renovável, com mais energia eólica e solar, mas também a eletrificação de transportes, aquecimento e arrefecimento, por exemplo", sublinhou, Dimitri Vergne, da Organização Europeia de Consumidores.

Mas a completa implementação das energias renováveis promete tardar anos. Enquanto isso muitos europeus sofrem de pobreza energética.

De acordo com estatísticas de Bruxelas, cerca de 34 milhões de europeus não dispõem de dinheiro para aquecer as casas adequadamente.

A Comissão Europeia propôs um Fundo Social para a Ação Climática para salvar o clima e não deixar ninguém para trás, mas os especialistas dizem que há outras soluções que podem ser implementadas.

"Existe o chamado pacote de energia limpa de 2019. Dá exatamente este tipo de provisão. Existe a possibilidade de proteger os consumidores dos elevados preços da energia, de proteger os chamados consumidores vulneráveis. Também há a possibilidade de oferecer períodos especiais de teste. Um deles é não cortar a energia porque não pagam as contas. Há Estados-membros que oferecem tarifas especiais a esses consumidores e também há alguns que oferecem a possibilidade de substituir uma central antiga que está a consumir muita energia por uma mais nova e eficiente", lembrou Denis Hesseling, da Agência de Cooperação dos Reguladores de Energia (ACER).

Como acontece com frequência, os políticos são chamados à responsabilidade. De acordo com Carlo Bollino, professor na universidade de Perúgia, Bruxelas foi "politicamente fraca": "A autorização do gasoduto Nordstream 2 - uma visão bilateral russo-alemã que não faz parte de uma visão compartilhada da Europa e que não respeita o território ucraniano - enfraqueceu a posição da Europa como garante do bem comum a favor de mercantilismo de alguns países fortes como a Alemanha. Isso pode ser atribuído a Bruxelas. A União Europeia não teve coragem de dizer 'Não' à Alemanha."

A Comissão Europeia está a monitorizar a evolução dos preços da energia, mas fala no impacto da recuperação económica e, por exemplo, na elevada procura de gás na Ásia, colocando de fora a políticas relacionadas com o Green Deal.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Português suspeito de aderir ao Estado Islâmico recebia subsídio de 900 euros

Orçamento de longo prazo da UE: o financiamento da saúde está a ser cortado?

Presidente do município de Istambul boicota audiência em tribunal alegando mudança "ilegal" de local