{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2022/07/13/belgica-um-ano-apos-inundacoes-trauma-e-prejuizos-preocupam" }, "headline": "Trauma e preju\u00edzos um ano ap\u00f3s inunda\u00e7\u00f5es tr\u00e1gicas na B\u00e9lgica", "description": "Chocadas com a trag\u00e9dia que se abateu sobre o leste da B\u00e9lgica muitas pessoas abandonaram de vez a regi\u00e3o. Trabalhos de reconstru\u00e7\u00e3o est\u00e3o para durar", "articleBody": "\u00c0 procura de paz um ano depois da tormenta, muitas comunidades do leste da B\u00e9lgica, ainda mal refeitas do trauma, lutam para recuperar das inunda\u00e7\u00f5es de 2021. As cheias de julho do ano ado foram um dos epis\u00f3dios mais destrutivos de que h\u00e1 mem\u00f3ria no pa\u00eds. A trag\u00e9dia provocou a morte de cerca de 40 pessoas e incont\u00e1veis preju\u00edzos. Em Ch\u00ean\u00e9e , uma \u00e1rea nos arredores da cidade de Li\u00e9ge fortemente castigada, a sexagen\u00e1ria Marie Bataille (nome fict\u00edcio), trava uma batalha para reconstruir a casa de toda a vida. A viver num abrigo tempor\u00e1rio, tenta, a todo o custo, evitar deixar-se vencer pelo desespero. N\u00e3o \u00e9 caso \u00fanico. \u0022H\u00e1\u00a0[muitos]\u00a0problemas com as companhias de seguros. Algumas pessoas foram quase for\u00e7adas a documentos para receber quase nada\u00a0[de volta]. Eu n\u00e3o quero isso. Perdi tudo. Perdi grande parte da minha vida. Espero que a seguradoras tenham tudo em conta\u0022, referiu Marie, em entrevista \u00e0 Euronews. \u0022Para mim \u00e9 muito dif\u00edcil explicar o que aconteceu. Esta situa\u00e7\u00e3o n\u00e3o se apagar\u00e1. Ficar\u00e1 para sempre na minha cabe\u00e7a. Sempre que chove e quando h\u00e1 um alerta laranja fico stressada, como medo que o n\u00edvel da \u00e1gua suba\u0022, acrescentou. Virar a p\u00e1gina \u00e0 medida que a poeira assenta nem sempre \u00e9 f\u00e1cil. A somar a isso est\u00e1 a falta de m\u00e3o-de-obra para os trabalhos de reconstru\u00e7\u00e3o, a par dos custos\u00a0que dispararam, ressalvam grupos de apoio aos sinistrados, a trabalhar no terreno. \u0022H\u00e1 muitos problemas adicionais que surgiram. \u00c9 preciso ter em conta que estamos a sair de uma pandemia, que houve as inunda\u00e7\u00f5es e que h\u00e1 a guerra na Ucr\u00e2nia . Esses problemas est\u00e3o a custar muito dinheiro \u00e0s autoridades locais. O pre\u00e7o das mat\u00e9rias-primas tamb\u00e9m disparou\u0022, lembrou Charlotte Depierreux, presidente da organiza\u00e7\u00e3o C\u00f4t\u00e9 Solidarit\u00e9 . Um rasto de destrui\u00e7\u00e3o Estradas e pontes destru\u00eddas e casas engolidas pela \u00e1gua s\u00e3o, ainda hoje, vis\u00edveis em toda a parte. Na localidade de Trooz , com pouco mais de 8 mil habitantes, milhares de pessoas foram afetadas pelas inunda\u00e7\u00f5es. Muitas deixaram de vez a regi\u00e3o, para recome\u00e7ar do zero, longe das torrentes de \u00e1gua sem controlo. Mais a leste, em Pepinster , onde v\u00e1rias pessoas morreram, outras 500 foram embora. Parte do centro da cidade, durante afetado, teve de ser demolido. As autoridades locais canalizam agora milh\u00f5es de euros para reconstruir um futuro melhor. \u0022Temos trabalhado arduamente com o governo da Val\u00f3nia para evitar poss\u00edveis inunda\u00e7\u00f5es que possam ocorrer novamente devido \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. Estamos a alargar o leito do rio Vesdre e a criar \u00e1reas de imers\u00e3o tempor\u00e1rias para amortecer o impacto quando a \u00e1gua sobe\u0022, disse \u00e0 Euronews o autarca de Pepinster , Philippe Godin. Um ano depois, as inunda\u00e7\u00f5es ainda assombram cidades belgas fortemente atingidas como Pepinster , que se recupera e prepara para problemas futuros. Para os cidad\u00e3os est\u00e1 \u00e9 uma ferida que levar\u00e1 demasiado tempo a curar. Na vizinha Alemanha , as inunda\u00e7\u00f5es foram seguidas de tempestade. Cerca de 170 pessoas morreram. ", "dateCreated": "2022-07-13T10:51:29+02:00", "dateModified": "2022-07-14T06:29:34+02:00", "datePublished": "2022-07-13T23:50:37+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F84%2F41%2F96%2F1440x810_cmsv2_1d3a85e1-27f0-5ee0-ad9b-1de2d3217ff2-6844196.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Ch\u00ean\u00e9e, na regi\u00e3o de Li\u00e8ge, foi uma das \u00e1reas mais afetadas pelas inunda\u00e7\u00f5es do ano ado", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F84%2F41%2F96%2F432x243_cmsv2_1d3a85e1-27f0-5ee0-ad9b-1de2d3217ff2-6844196.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Sacadura", "givenName": "Pedro", "name": "Pedro Sacadura", "url": "/perfis/654", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@PedroSacadura", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "R\u00e9daction" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Trauma e prejuízos um ano após inundações trágicas na Bélgica

Chênée, na região de Liège, foi uma das áreas mais afetadas pelas inundações do ano ado
Chênée, na região de Liège, foi uma das áreas mais afetadas pelas inundações do ano ado Direitos de autor Valentin Bianchi/AP Photo
Direitos de autor Valentin Bianchi/AP Photo
De Pedro Sacadura
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Chocadas com a tragédia que se abateu sobre o leste da Bélgica muitas pessoas abandonaram de vez a região. Trabalhos de reconstrução estão para durar

PUBLICIDADE

À procura de paz um ano depois da tormenta, muitas comunidades do leste da Bélgica, ainda mal refeitas do trauma, lutam para recuperar das inundações de 2021.

As cheias de julho do ano ado foram um dos episódios mais destrutivos de que há memória no país.

A tragédia provocou a morte de cerca de 40 pessoas e incontáveis prejuízos.

Em Chênée, uma área nos arredores da cidade de Liége fortemente castigada, a sexagenária Marie Bataille (nome fictício), trava uma batalha para reconstruir a casa de toda a vida.

A viver num abrigo temporário, tenta, a todo o custo, evitar deixar-se vencer pelo desespero. Não é caso único.

"Há [muitos] problemas com as companhias de seguros. Algumas pessoas foram quase forçadas a documentos para receber quase nada [de volta]. Eu não quero isso. Perdi tudo. Perdi grande parte da minha vida. Espero que a seguradoras tenham tudo em conta", referiu Marie, em entrevista à Euronews.

"Para mim é muito difícil explicar o que aconteceu. Esta situação não se apagará. Ficará para sempre na minha cabeça. Sempre que chove e quando há um alerta laranja fico stressada, como medo que o nível da água suba", acrescentou.

Virar a página à medida que a poeira assenta nem sempre é fácil.

A somar a isso está a falta de mão-de-obra para os trabalhos de reconstrução, a par dos custos que dispararam, ressalvam grupos de apoio aos sinistrados, a trabalhar no terreno.

"Há muitos problemas adicionais que surgiram. É preciso ter em conta que estamos a sair de uma pandemia, que houve as inundações e que há a guerra na Ucrânia. Esses problemas estão a custar muito dinheiro às autoridades locais. O preço das matérias-primas também disparou", lembrou Charlotte Depierreux, presidente da organização Côté Solidarité.

Um rasto de destruição

Estradas e pontes destruídas e casas engolidas pela água são, ainda hoje, visíveis em toda a parte.

Na localidade de Trooz, com pouco mais de 8 mil habitantes, milhares de pessoas foram afetadas pelas inundações. Muitas deixaram de vez a região, para recomeçar do zero, longe das torrentes de água sem controlo.

Mais a leste, em Pepinster, onde várias pessoas morreram, outras 500 foram embora.

Parte do centro da cidade, durante afetado, teve de ser demolido.

As autoridades locais canalizam agora milhões de euros para reconstruir um futuro melhor.

"Temos trabalhado arduamente com o governo da Valónia para evitar possíveis inundações que possam ocorrer novamente devido às alterações climáticas. Estamos a alargar o leito do rioVesdre e a criar áreas de imersão temporárias para amortecer o impacto quando a água sobe", disse à Euronews o autarca de Pepinster, Philippe Godin.

Um ano depois, as inundações ainda assombram cidades belgas fortemente atingidas como Pepinster, que se recupera e prepara para problemas futuros.

Para os cidadãos está é uma ferida que levará demasiado tempo a curar.

Na vizinha Alemanha, as inundações foram seguidas de tempestade. Cerca de 170 pessoas morreram.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Papa Leão XIV recebe presidente argentino Javier Milei

Polónia e Portugal assinalam o mês do orgulho com marchas LGBTQ+

Milhares de manifestantes em Roma contra a guerra em Gaza