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Romain Didi, coordenador da governa\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica e da pol\u00edtica de direitos humanos da Comunidade Andina de Na\u00e7\u00f5es (CAN), considera que o atual n\u00edvel de atribui\u00e7\u00e3o de licen\u00e7as de emiss\u00e3o est\u00e1 longe de corresponder \u00e0 a\u00e7\u00e3o necess\u00e1ria para que a UE contribua com a sua quota-parte para alcan\u00e7ar o objetivo de manter o aumento da temperatura global abaixo do 1,5\u00b0C (estabelecido no Acordo de Paris). \u0022Se todos os pa\u00edses do mundo fizessem o que a UE est\u00e1 a fazer em termos de ambi\u00e7\u00e3o, acabar\u00edamos com um aumento catastr\u00f3fico de tr\u00eas graus de aquecimento at\u00e9 ao final do s\u00e9culo\u0022, disse Romain Didi. \u0022Precisamos de uma maior ambi\u00e7\u00e3o para permitir redu\u00e7\u00f5es de emiss\u00f5es mais acentuadas a curto prazo e\u00a0 que ajude a ir al\u00e9m da atual e insuficiente meta clim\u00e1tica da UE\u00a0 de -55% para 2030. Deveria ser pelo menos -65% nas emiss\u00f5es at\u00e9 ao final desta d\u00e9cada\u0022, acrescentou. Executivo comunit\u00e1rio vai analisar pedido A Comiss\u00e3o Europeia disse \u00e0 Euronews que vai considerar o pedido de revis\u00e3o interna feito pelas duas ONG, mas refutou a alega\u00e7\u00e3o de que est\u00e1 a violar os direitos fundamentais. \u0022A decis\u00e3o da Comiss\u00e3o cumpre as obriga\u00e7\u00f5es legais estabelecidas no Regulamento da Partilha de Esfor\u00e7os, que respeita os direitos fundamentais e observa os princ\u00edpios reconhecidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da Uni\u00e3o Europeia\u0022, disse um porta-voz. Mas a CAN Europe e a GLAN afirmam que as ambi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas \u0022hesitantes\u0022 p\u00f5em em risco os direitos fundamentais. \u0022Muitos dos efeitos das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, como a intensifica\u00e7\u00e3o de fen\u00f3menos meteorol\u00f3gicos extremos, amea\u00e7am os direitos humanos fundamentais das pessoas na UE e fora dela, especialmente dos grupos que j\u00e1 s\u00e3o marginalizados ou mais vulner\u00e1veis\u0022, afirmou Didi.\u00a0 \u0022Em particular, a emerg\u00eancia clim\u00e1tica amea\u00e7a o direito \u00e0 vida, aos meios de subsist\u00eancia e a um ambiente saud\u00e1vel, e afeta gravemente a nossa sa\u00fade f\u00edsica e mental\u0022, acrescentou. A Comiss\u00e3o Europeia deve agora adotar uma decis\u00e3o de revis\u00e3o no prazo de 16 semanas, com um poss\u00edvel prolongamento at\u00e9 22 semanas. A decis\u00e3o de revis\u00e3o poder\u00e1 ent\u00e3o ser contestada junto do Tribunal de Justi\u00e7a da Uni\u00e3o Europeia. 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UE: ONG pedem revisão de metas de redução das emissões poluentes

O Regulamento da UE relativo à Partilha de Esforços (ESR) estabelece licenças de emissão para os Estados-Membros em sectores como a agricultura e os transportes.
O Regulamento da UE relativo à Partilha de Esforços (ESR) estabelece licenças de emissão para os Estados-Membros em sectores como a agricultura e os transportes. Direitos de autor Michael Probst/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Michael Probst/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn Jones & Isabel Marques da Silva (Trad.)
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As licenças anuais de emissão (LAE) estabelecidas pela Comissão Europeia para os Estados-membros da União Europeia (UE) carecem de ambição e violam a legislação ambiental da UE, segundo as organizações não-governamentais (ONG) CAN Europe e a Global Legal Action Network (GLAN).

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As ONG solicitaram, na quarta-feira, a revisão interna de uma decisão de execução da Comissão Europeia que estabelece licenças de emissão anuais para cada Estado-membro da UE em setores tais como os transportes rodoviários, os edifícios, a agricultura, os resíduos e as pequenas indústrias.

As ONG afirmam que as licenças e as ambições climáticas globais da UE estão "alarmantemente desfasadas" dos objetivos climáticos estabelecidos no Acordo de Paris e não protegem os direitos humanos fundamentais.

O pedido diz respeito a uma atualização recente do chamado "Regulamento de Partilha de Esforços", que faz parte de um pacote histórico de legislação da UE para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, na UE, em 55% até 2030.

As licenças de emissão são determinadas em função da riqueza dos países. No início desta semana, foi revelado que a Alemanha irá provavelmente exceder o seu objetivo de emissões de gases em 150 milhões de toneladas de gases de dióxido de carbono.

Romain Didi, coordenador da governação climática e da política de direitos humanos da Comunidade Andina de Nações (CAN), considera que o atual nível de atribuição de licenças de emissão está longe de corresponder à ação necessária para que a UE contribua com a sua quota-parte para alcançar o objetivo de manter o aumento da temperatura global abaixo do 1,5°C (estabelecido no Acordo de Paris).

"Se todos os países do mundo fizessem o que a UE está a fazer em termos de ambição, acabaríamos com um aumento catastrófico de três graus de aquecimento até ao final do século", disse Romain Didi.

"Precisamos de uma maior ambição para permitir reduções de emissões mais acentuadas a curto prazo e  que ajude a ir além da atual e insuficiente meta climática da UE  de -55% para 2030. Deveria ser pelo menos -65% nas emissões até ao final desta década", acrescentou.

Executivo comunitário vai analisar pedido

A Comissão Europeia disse à Euronews que vai considerar o pedido de revisão interna feito pelas duas ONG, mas refutou a alegação de que está a violar os direitos fundamentais.

"A decisão da Comissão cumpre as obrigações legais estabelecidas no Regulamento da Partilha de Esforços, que respeita os direitos fundamentais e observa os princípios reconhecidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia", disse um porta-voz.

Mas a CAN Europe e a GLAN afirmam que as ambições climáticas "hesitantes" põem em risco os direitos fundamentais.

"Muitos dos efeitos das alterações climáticas, como a intensificação de fenómenos meteorológicos extremos, ameaçam os direitos humanos fundamentais das pessoas na UE e fora dela, especialmente dos grupos que já são marginalizados ou mais vulneráveis", afirmou Didi. 

"Em particular, a emergência climática ameaça o direito à vida, aos meios de subsistência e a um ambiente saudável, e afeta gravemente a nossa saúde física e mental", acrescentou.

A Comissão Europeia deve agora adotar uma decisão de revisão no prazo de 16 semanas, com um possível prolongamento até 22 semanas. A decisão de revisão poderá então ser contestada junto do Tribunal de Justiça da União Europeia.

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