O ministro da Defesa dos Países Baixos revelou que o seu país vai entregar 24 caças F-16 à Ucrânia em breve.
O ministro da Defesa neerlandês, Ruben Brekelmans, anunciou que os Países Baixos vão investir 400 milhões de euros num programa de desenvolvimento de drones para a Ucrânia.
Durante uma visita surpresa a Kiev, no domingo, Brekelmans afirmou que cerca de metade do investimento será gasto nos Países Baixos, sendo o restante dividido entre a Ucrânia e outros países.
"O programa de desenvolvimento de drones para a Ucrânia será centrado em diferentes tipos de drones: drones de vigilância, drones mais defensivos, mas também drones de ataque, uma vez que a Ucrânia necessita de drones mais ofensivos para atacar instalações militares", disse Brekelmans.
Se os novos programas de drones se revelarem bem sucedidos, serão disponibilizados mais fundos para aumentar a produção.
"A guerra está a intensificar-se todos os dias e a Ucrânia está a criar mais brigadas que precisam de apoio e de equipamento militar. Precisamos de ter este fluxo contínuo de apoio", acrescentou Brekelmans.
O ministro neerlandês revelou, ainda, que os Países Baixos vão entregar 24 caças F-16 à Ucrânia em breve, embora não tenha especificado em que data.
Os primeiros seis jatos chegaram à Ucrânia em agosto, na sequência de um acordo celebrado entre Kiev e Amesterdão no ano ado.
Desde o início da invasão russa em 2022, os Países Baixos prometeram dez mil milhões de euros em apoio militar, dos quais cerca de quatro mil milhões foram gastos até agora.
Entretanto, Kiev disse que as forças russas atacaram a Ucrânia, na noite de domingo, tendo recorrido a 87 drones Shahed e quatro tipos diferentes de mísseis. Um homem de 49 anos morreu na região de Kharkiv, depois do seu carro ter sido atingido por um drone, informaram as autoridades ucranianas.
Em comunicado, a força aérea ucraniana disse terem sido destruídos 58 dos 87 drones, bem como dois mísseis, em 14 regiões do país, incluindo em Kiev. Outros 25 drones desapareceram dos radares, "presumivelmente em resultado da defesa antiaérea", pode ler-se no comunicado.
O ataque aconteceu um dia depois do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, ter revelado que iria apresentar o seu "plano de vitória" na reunião de 12 de outubro do grupo Ramstein, que fornece armas à Ucrânia.
Zelenskyy apresentou o plano ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, na semana ada, mas o seu conteúdo completo ainda não foi tornado público.
Sabe-se, no entanto, que o plano inclui a adesão da Ucrânia à NATO e o fornecimento de mísseis de longo alcance para atacar dentro da Rússia.
Na Crimeia anexada, um depósito de petróleo em Feodosia incendiou-se na sequência de um ataque de um drone ucraniano esta madrugada. Segundo o conselheiro do chefe da região, Oleg Kryuchkov, não há, para já, registo de feridos ou mortos.
De acordo com a imprensa russa, o terminal de transbordo de petróleo de Feodosia, que já tinha sido atacado em março deste ano, é o maior da Crimeia em termos de volume de produtos petrolíferos.