Primeira-ministra reiterou as suas críticas ao facto de Israel ter atacado as forças de manutenção da paz das Nações Unidas no sul do Líbano.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, denunciou os recentes ataques contra as forças de manutenção da paz da ONU no Líbano, dizendo aos jornalistas em Beirute, na sexta-feira, que atacar a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) é “inaceitável”.
“Peço mais uma vez a todas as partes que se esforcem por garantir a segurança de cada um destes soldados”, afirmou numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo libanês, Najib Mikati.
As forças de manutenção da paz italianas desempenham um papel importante na força de 10.500 soldados da ONU no sul do Líbano, que, entre outros mandatos, tem como objetivo “restaurar a paz e a segurança internacionais” ao longo da Linha Azul.
Os ataques israelitas terão ferido pelo menos cinco membros da UNIFIL em ataques separados - uma ação que suscitou a condenação internacional dos líderes mundiaispor violação do direito internacional.
Meloni, que afirmou ser a primeira chefe de governo a visitar o Líbano desde o início dos crescentes conflitos entre Israel e o Hezbollah, disse que tinha acabado de chegar de uma cimeira de alto nível da União Europeia, em Bruxelas, onde a crise do Médio Oriente esteve no “centro dos nossos trabalhos”.
“Posso assegurar-vos que estamos todos a trabalhar para um cessar-fogo sustentável em Gaza e aqui no Líbano”, afirmou.
O Conselho Europeu está profundamente alarmado com a “dramática” escalada militar no Médio Oriente e com o risco que esta representa para toda a região, segundo as conclusões da cimeira.
O documento refere ainda que o Conselho manifesta a sua maior preocupação relativamente ao aumento das hostilidades no Líbano, deplorando o número inaceitável de vítimas civis e o “uso persistente da força militar”.
“O Conselho recorda a necessidade de garantir a proteção dos civis em todas as circunstâncias”, é possível ler no documento.
Meloni também aproveitou a oportunidade para lamentar os mortos e deslocados da crise, afirmando que expressa “solidariedade e proximidade” aos cidadãos de todas as partes que sofrem em resultado dos combates que duram há mais de um ano.
“Como sabem, Itália, juntamente com outros parceiros internacionais, tem vindo a apelar a um cessar-fogo de 21 dias desde há semanas”.