"O Governo de Portugal propôs a sua excelência, o presidente da República, que fossem decretados três dias de luto nacional que serão oportunamente confirmados de acordo e coincidindo com as cerimónias fúnebres", anunciou o primeiro-ministro.
O Papa Francisco morreu esta segunda-feira, aos 88 anos, depois de, no domingo, ter feito uma breve aparição aos fiéis, pela manhã, na varanda da Basílica de São Pedro para a bênção "Urbi et Orbi". Numa publicação na rede social X, a Santa Sé informou que o pontífice morreu na sua residência do Vaticano.
O Governo português vai decretar três dias de luto nacional, para coincidir com as cerimónias fúnebres do Papa Francisco. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa declaração em que elogiou o legado do chefe da Igreja Católica.
Tal como os líderes mundiais, várias figuras políticas e diplomáticas portuguesas já reagiram à morte do pontífice, deixando mensagens de condolências e recordando a forma como o Papa Francisco mudou o rumo da Santa Sé nos últimos anos.
Eis as reações portuguesas:
Primeiro-ministro lembra "Papa extraordinário"
Numa nota de pesar enviada às redações, Luís Montenegro lembra Francisco como um "Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas".
"As suas visitas a Portugal, no Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade", acrescenta.
Montenegro apresenta "sentidas condolências do Governo de Portugal à Santa Sé e a todos os Católicos do mundo, entre os quais tantos milhões de portugueses" e acrescenta que a "melhor forma de honrar o seu tributo será seguirmos no dia a dia, nas nossas diferentes atividades, os seus ensinamentos e o seu exemplo".
António Costa: "Ele era profundamente misericordioso"
“Preocupou-se com os grandes desafios globais do nosso tempo, das migrações às alterações climáticas, da desigualdade à paz, mas também com as lutas quotidianas das pessoas comuns”, disse o presidente do Conselho Europeu no X.
"Voz corajosa", destaca Pedro Nuno Santos
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, destacou a “voz corajosa” do Papa Francisco em defesa da “justiça social, dignidade humana e paz”.
Num post no X, Pedro Nuno Santos fala numa “profunda consternação” com a morte do Santo Padre, que esteve ao lado dos “pobres, excluídos, dos que não têm voz”.
D. Manuel Clemente destaca que Papa Francisco trouxe “à Igreja (...) as fronteiras do Evangelho”
Em declarações à Rádio Renascença, D. Manuel Clemente diz que a vida de Francisco foi “realmente muito evangélica e quem teve a graça de privar alguma coisa com ele, como em alguns momentos aconteceu comigo, foi sempre uma palavra de incentivo, uma palavra de coragem, para que o Evangelho e daquelas páginas em que os temos nas nossas Bíblias para a vida concreta, na atenção às pessoas e na resposta que lhe devemos dar”.
Patriarcado de Lisboa
"É com dor que recebemos a notícia da morte do nosso querido Papa Francisco. O seu magistério e os seus gestos permanecem na nossa memória e elevamos a Deus um hino de gratidão por estes anos em que a Igreja foi pastoreada pelo seu esmero e dedicação incansáveis, como todos pudemos testemunhar", diz D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa, numa nota hoje publicada.
Um minuto de silêncio até 27 Abril
A Federação Portuguesa de Futebol decretou o cumprimento de um minuto de silêncio em memória do Papa Francisco.
O Papa Francisco morreu esta segunda-feira aos 88 anos, em Roma. Foi o 266.º Papa da Igreja Católica, o primeiro não-europeu e o primeiro jesuíta em mais de mil anos a liderar a Igreja.
O minuto de silêncio será respeitado em todos os jogos das competições organizadas pela FPF realizados até 27 Abril.