{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/06/05/ex-coordenador-da-pj-diz-que-novas-buscas-no-caso-maddie-sao-ato-de-propaganda" }, "headline": "Ex-coordenador da PJ diz que novas buscas no caso Maddie s\u00e3o \u201cato de propaganda\u201d", "description": "Gon\u00e7alo Amaral, que investigou o desaparecimento da crian\u00e7a, n\u00e3o acredita no envolvimento de Christian Br\u00fcckner, acusando as autoridades alem\u00e3s de utiliz\u00e1-lo como \u201cbode expiat\u00f3rio\u201d. Dezoito anos ap\u00f3s o desaparecimento, Gon\u00e7alo Amaral mant\u00e9m-se firme na convic\u00e7\u00e3o de que a verdade ser\u00e1 conhecida.", "articleBody": "Dezoito anos ap\u00f3s o desaparecimento de Madeleine McCann, a crian\u00e7a inglesa volta a ser not\u00edcia em Portugal. Dois anos depois das \u00faltimas dilig\u00eancias, as autoridades alem\u00e3s regressaram ao Algarve para novas buscas relacionadas com o caso.Para Gon\u00e7alo Amaral, ex-coordenador da Pol\u00edcia Judici\u00e1ria que iniciou a investiga\u00e7\u00e3o ao desaparecimento de Madeleine, a nova a\u00e7\u00e3o das autoridades n\u00e3o trar\u00e1 novidades sobre o seu paradeiro.\u0022A minha opini\u00e3o \u00e9 que, no fundo, \u00e9 mais um ato de propaganda no meio disto tudo. Porque, em princ\u00edpio, n\u00e3o levar\u00e1 a lado nenhum,\u00a0em termos daquilo que se quer da investiga\u00e7\u00e3o,\u00a0em saber o que \u00e9 que aconteceu \u00e0quela crian\u00e7a\u0022, afirmou. Com ajuda da pol\u00edcia portuguesa, as autoridades alem\u00e3s est\u00e3o a percorrer uma vasta \u00e1rea entre a cidade de Lagos e a Praia da Luz, onde o principal suspeito viveu na altura do desaparecimento.Br\u00fcckner \u00e9 \u0022bode expiat\u00f3rio\u0022Christian Br\u00fcckner, que pode sair em breve da cadeia onde cumpre uma pena pelo crime de viola\u00e7\u00e3o, foi declarado em 2020 pela pol\u00edcia alem\u00e3 como o principal suspeito do sequestro e assass\u00ednio da crian\u00e7a. \u201cUm bode expiat\u00f3rio,\u201d nas palavras do antigo inspetor da PJ, que n\u00e3o acredita nesta linha de investiga\u00e7\u00e3o e deixa duras cr\u00edticas \u00e0 pol\u00edcia alem\u00e3.\u201cH\u00e1 aqui um bode expiat\u00f3rio que n\u00e3o tem, literalmente, e em termos de racionalidade e de l\u00f3gica, nada a ver com nada\u201d, explicou o antigo inspetor que afirma que \u201cn\u00e3o h\u00e1 nenhum ind\u00edcio que o [Br\u00fcckner] coloque seja onde for e que o relacione com o caso\u201d.Gon\u00e7alo Amaral afirmou diz mesmo que as autoridades \u0022ca\u00edram no rid\u00edculo\u0022 ao n\u00e3o voltarem ao caso inicial, ap\u00f3s identificarem um novo suspeito. \u0022N\u00e3o podemos ocultar aquilo que existe. E aquilo que existe, s\u00e3o ind\u00edcios que apontam noutro sentido. N\u00e3o importa qual \u00e9 o sentido. Se querem continuar um, primeiro terminem o outro\u0022.Investiga\u00e7\u00e3o da PJ \u201cnunca foi colocada em causa\u201dGon\u00e7alo Amaral critica a atua\u00e7\u00e3o das autoridades brit\u00e2nicas e alem\u00e3s por terem descartado a linha de investiga\u00e7\u00e3o inicial e os ind\u00edcios a\u00ed recolhidos. \u201cO eu posso dizer \u00e9 que a investiga\u00e7\u00e3o que foi realizada pela Pol\u00edcia Judici\u00e1ria nos primeiros quatro, cinco meses, at\u00e9 ao momento, em termos materiais, em termos s\u00f3lidos, nunca foi colocada em causa\u201d explicou.\u0022Ali\u00e1s, aquilo que foi encontrado no carro alugado, dias depois, os fluidos corporais, os cabelos da crian\u00e7a e tudo mais, nada disso \u00e9 colocado em causa. Nem a pol\u00edcia brit\u00e2nica, nem a pol\u00edcia alem\u00e3 querem saber disso\u0022, afirmou o antigo inspetor, que defende a atua\u00e7\u00e3o das autoridades portuguesas e a linha de investiga\u00e7\u00e3o inicialmente seguida. \u201cN\u00e3o h\u00e1 nada que diga que aquilo que a Pol\u00edcia Judici\u00e1ria dizia que poderia, eventualmente, ter acontecido, e que existiam ind\u00edcios nesse sentido, nunca foi colocado em causa. N\u00e3o \u00e9 colocado em causa que os pais abandonaram a crian\u00e7a. N\u00e3o \u00e9 colocado em causa que o Minist\u00e9rio P\u00fablico n\u00e3o acusou por exposi\u00e7\u00e3o ao abandono. N\u00e3o \u00e9 colocado em causa que esse abandono n\u00e3o foi s\u00f3 de uma noite. N\u00e3o \u00e9 colocado em causa que n\u00e3o eram s\u00f3 aquelas crian\u00e7as que eram abandonadas, mas eram as de todos aqueles amigos, e que isso aconteceu durante uma semana de f\u00e9rias\u201d, refor\u00e7ou. De recordar que, inicialmente, a PJ chegou a dar os pais de Maddie McCann como suspeitos, uma tese entretanto descartada pela investiga\u00e7\u00e3o. \u201cA Pol\u00edcia Judici\u00e1ria diz que h\u00e1 um desaparecimento. E que muita coisa apontava para a responsabilidade desse desaparecimento por parte daqueles que t\u00eam sempre o dever de cuidado, o dever de guarda que, neste caso, s\u00e3o os pais\u201d, explicou. \u201cNingu\u00e9m est\u00e1 a dizer que eles mataram, que eles fizeram, que aconteceram. N\u00e3o estamos aqui a acusar ningu\u00e9m. Estamos a dizer \u00e9 necess\u00e1rio continuar, ou pelo menos terminar, chegar ao fim daquela investiga\u00e7\u00e3o\u0022, refor\u00e7ou. Buscas s\u00e3o realizadas em \u00e1reas n\u00e3o abrangidas pela investiga\u00e7\u00e3o portuguesaNo Algarve, as buscas por um ind\u00edcio ou pista que ajude na investiga\u00e7\u00e3o continuam, pelo menos, at\u00e9 amanh\u00e3, sexta-feira. Segundo informou o diretor nacional da Pol\u00edcia Judici\u00e1ria \u00e0 Renascen\u00e7a, foram vistoriadas \u00e1reas novas que n\u00e3o foram abrangidas pela investiga\u00e7\u00e3o portuguesa. \u201cS\u00e3o \u00e1reas relativamente novas, a extens\u00e3o do trabalho \u00e9 de grande envergadura e \u00e9 como procurar uma agulha no palheiro para se encontrar caminho na investiga\u00e7\u00e3o criminal\u201d, explicou \u00e0 r\u00e1dio portuguesa, afirmando ainda que se trata de um procedimento normal, realizado no \u00e2mbito da coopera\u00e7\u00e3o entre for\u00e7as de seguran\u00e7a e cumprimento da lei. \u201cO que est\u00e1 a acontecer \u00e9 o cumprimento da lei. Se formos n\u00f3s amanh\u00e3 a pedir para outro estado colaborar connosco, assim o faremos\u201d, afirmou. Madeleine McCann, na altura com tr\u00eas anos, desapareceu a 3 de maio de 2007 enquanto dormia no quarto com os irm\u00e3os mais novos. Os pais jantavam com amigos a poucos metros de dist\u00e2ncia. Estavam todos hospedados no Ocean Club na Praia da Luz, no Algarve. O caso originou uma ampla investiga\u00e7\u00e3o policial, com uma abrangente cobertura medi\u00e1tica, j\u00e1 que o desaparecimento de Maddie foi not\u00edcia em quase todo o mundo.Dezoito anos depois, e apesar da renovada presen\u00e7a policial e jornal\u00edstica, a popula\u00e7\u00e3o naquela vila de Lagos parece pouco entusiasmada com o sucesso da investiga\u00e7\u00e3o. \u0022Depois de tanto tempo, n\u00e3o acredito que consigam alguma coisa\u0022, afirmou o funcion\u00e1rio de um caf\u00e9 na regi\u00e3o. \u0022Fico um pouco na d\u00favida como \u00e9 que na altura, h\u00e1 18 anos, nas casas que havia, n\u00e3o conseguiram chegar a uma melhor conclus\u00e3o\u0022, disse um habitante da vila da Luz. Novas buscas, novas linhas de investiga\u00e7\u00e3o e novos suspeitos. O caso Maddie avan\u00e7a mas o mundo continua sem saber o que aconteceu com a menina brit\u00e2nica. Gon\u00e7alo Amaral mant\u00e9m a convic\u00e7\u00e3o plena de que, um dia, iremos conhecer a verdade.\u0022Vamos, vamos. Eu tenho perfeita consci\u00eancia que vamos. No dia em que a Pol\u00edcia Judici\u00e1ria em Portugal e o Minist\u00e9rio P\u00fablico decidirem: n\u00f3s, agora, vamos terminar aquilo que se come\u00e7ou. N\u00e3o tenha d\u00favidas de que vamos saber\u0022, garantiu.", "dateCreated": "2025-06-05T07:30:00+02:00", "dateModified": "2025-06-05T19:32:44+02:00", "datePublished": "2025-06-05T16:22:40+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F31%2F64%2F60%2F1440x810_cmsv2_2d3b67b2-e822-55cc-90c9-c2dbd6da6508-9316460.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Gon\u00e7alo Amaral diz que novas buscas no caso Maddie s\u00e3o \u201cato de propaganda\u201d", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F31%2F64%2F60%2F432x243_cmsv2_2d3b67b2-e822-55cc-90c9-c2dbd6da6508-9316460.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Rosa Rodrigues", "givenName": "Diana", "name": "Diana Rosa Rodrigues", "url": "/perfis/3144", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "R\u00e9daction" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Ex-coordenador da PJ diz que novas buscas no caso Maddie são “ato de propaganda”

Gonçalo Amaral diz que novas buscas no caso Maddie são “ato de propaganda”
Gonçalo Amaral diz que novas buscas no caso Maddie são “ato de propaganda” Direitos de autor AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Diana Rosa Rodrigues com AP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Gonçalo Amaral, que investigou o desaparecimento da criança, não acredita no envolvimento de Christian Brückner, acusando as autoridades alemãs de utilizá-lo como “bode expiatório”. Dezoito anos após o desaparecimento, Gonçalo Amaral mantém-se firme na convicção de que a verdade será conhecida.

PUBLICIDADE

Dezoito anos após o desaparecimento de Madeleine McCann, a criança inglesa volta a ser notícia em Portugal. Dois anos depois das últimas diligências, as autoridades alemãs regressaram ao Algarve para novas buscas relacionadas com o caso.

Para Gonçalo Amaral, ex-coordenador da Polícia Judiciária que iniciou a investigação ao desaparecimento de Madeleine, a nova ação das autoridades não trará novidades sobre o seu paradeiro.

"A minha opinião é que, no fundo, é mais um ato de propaganda no meio disto tudo. Porque, em princípio, não levará a lado nenhum, em termos daquilo que se quer da investigação, em saber o que é que aconteceu àquela criança", afirmou.

Com ajuda da polícia portuguesa, as autoridades alemãs estão a percorrer uma vasta área entre a cidade de Lagos e a Praia da Luz, onde o principal suspeito viveu na altura do desaparecimento.

Brückner é "bode expiatório"

Christian Brückner, que pode sair em breve da cadeia onde cumpre uma pena pelo crime de violação, foi declarado em 2020 pela polícia alemã como o principal suspeito do sequestro e assassínio da criança. “Um bode expiatório,” nas palavras do antigo inspetor da PJ, que não acredita nesta linha de investigação e deixa duras críticas à polícia alemã.

“Há aqui um bode expiatório que não tem, literalmente, e em termos de racionalidade e de lógica, nada a ver com nada”, explicou o antigo inspetor que afirma que “não há nenhum indício que o [Brückner] coloque seja onde for e que o relacione com o caso”.

Gonçalo Amaral afirmou diz mesmo que as autoridades "caíram no ridículo" ao não voltarem ao caso inicial, após identificarem um novo suspeito. "Não podemos ocultar aquilo que existe. E aquilo que existe, são indícios que apontam noutro sentido. Não importa qual é o sentido. Se querem continuar um, primeiro terminem o outro".

Investigação da PJ “nunca foi colocada em causa”

Gonçalo Amaral critica a atuação das autoridades britânicas e alemãs por terem descartado a linha de investigação inicial e os indícios aí recolhidos. “O eu posso dizer é que a investigação que foi realizada pela Polícia Judiciária nos primeiros quatro, cinco meses, até ao momento, em termos materiais, em termos sólidos, nunca foi colocada em causa” explicou.

"Aliás, aquilo que foi encontrado no carro alugado, dias depois, os fluidos corporais, os cabelos da criança e tudo mais, nada disso é colocado em causa. Nem a polícia britânica, nem a polícia alemã querem saber disso", afirmou o antigo inspetor, que defende a atuação das autoridades portuguesas e a linha de investigação inicialmente seguida.

“Não há nada que diga que aquilo que a Polícia Judiciária dizia que poderia, eventualmente, ter acontecido, e que existiam indícios nesse sentido, nunca foi colocado em causa. Não é colocado em causa que os pais abandonaram a criança. Não é colocado em causa que o Ministério Público não acusou por exposição ao abandono. Não é colocado em causa que esse abandono não foi só de uma noite. Não é colocado em causa que não eram só aquelas crianças que eram abandonadas, mas eram as de todos aqueles amigos, e que isso aconteceu durante uma semana de férias”, reforçou.

De recordar que, inicialmente, a PJ chegou a dar os pais de Maddie McCann como suspeitos, uma tese entretanto descartada pela investigação.

Pais de Maddie na altura do seu desaparecimento, em 2007
Pais de Maddie na altura do seu desaparecimento, em 2007AP Photo/Armando França

“A Polícia Judiciária diz que há um desaparecimento. E que muita coisa apontava para a responsabilidade desse desaparecimento por parte daqueles que têm sempre o dever de cuidado, o dever de guarda que, neste caso, são os pais”, explicou. “Ninguém está a dizer que eles mataram, que eles fizeram, que aconteceram. Não estamos aqui a acusar ninguém. Estamos a dizer é necessário continuar, ou pelo menos terminar, chegar ao fim daquela investigação", reforçou.

Buscas são realizadas em áreas não abrangidas pela investigação portuguesa

No Algarve, as buscas por um indício ou pista que ajude na investigação continuam, pelo menos, até amanhã, sexta-feira. Segundo informou o diretor nacional da Polícia Judiciária à Renascença, foram vistoriadas áreas novas que não foram abrangidas pela investigação portuguesa.

“São áreas relativamente novas, a extensão do trabalho é de grande envergadura e é como procurar uma agulha no palheiro para se encontrar caminho na investigação criminal”, explicou à rádio portuguesa, afirmando ainda que se trata de um procedimento normal, realizado no âmbito da cooperação entre forças de segurança e cumprimento da lei.

Polícia realiza novas buscas por Maddie no Algarve
Polícia realiza novas buscas por Maddie no AlgarveAP Photo

“O que está a acontecer é o cumprimento da lei. Se formos nós amanhã a pedir para outro estado colaborar connosco, assim o faremos”, afirmou.

Madeleine McCann, na altura com três anos, desapareceu a 3 de maio de 2007 enquanto dormia no quarto com os irmãos mais novos. Os pais jantavam com amigos a poucos metros de distância. Estavam todos hospedados no Ocean Club na Praia da Luz, no Algarve.

O caso originou uma ampla investigação policial, com uma abrangente cobertura mediática, já que o desaparecimento de Maddie foi notícia em quase todo o mundo.

Dezoito anos depois, e apesar da renovada presença policial e jornalística, a população naquela vila de Lagos parece pouco entusiasmada com o sucesso da investigação.

"Depois de tanto tempo, não acredito que consigam alguma coisa", afirmou o funcionário de um café na região. "Fico um pouco na dúvida como é que na altura, há 18 anos, nas casas que havia, não conseguiram chegar a uma melhor conclusão", disse um habitante da vila da Luz.

Novas buscas, novas linhas de investigação e novos suspeitos. O caso Maddie avança mas o mundo continua sem saber o que aconteceu com a menina britânica. Gonçalo Amaral mantém a convicção plena de que, um dia, iremos conhecer a verdade.

"Vamos, vamos. Eu tenho perfeita consciência que vamos. No dia em que a Polícia Judiciária em Portugal e o Ministério Público decidirem: nós, agora, vamos terminar aquilo que se começou. Não tenha dúvidas de que vamos saber", garantiu.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Polícia alemã vai efetuar novas buscas no Algarve relacionadas com o caso de Maddie McCann

Supeito do desaparecimento de Maddie absolvido na Alemanha de alegados crimes cometidos em Portugal

Principal suspeito do rapto de Madeleine McCann volta a tribunal na Alemanha