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"Gás do riso", o inimigo do ambiente a combater

"Gás do riso", o inimigo do ambiente a combater
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Já ouviu falar de óxido nitroso? É um dos principais gases com efeito de estufa. Na Noruega, um grupo de investigadores está a tentar combatê-lo.

Numa quinta experimental, perto de Oslo, um robô mede as emissões de um gás particularmente nocivo para o ambiente, oóxido nitroso. Trata-se de um protótipo criado por um grupo de investigadores precisamente para combater o efeito de estufa provocado.

Os terrenos agrícolas são uma das principais origens do óxido nitroso, que se tornou conhecido também como o “gás do riso”, podendo ser utilizado igualmente como anestésico. Mas as consequências que gera dão poucos motivos para sorrir. Estima-se que seja 300 vezes mais nefasto do que o dióxido de carbono (CO2) no aquecimento global.

“Nós pretendemos provar que, se aplicarmos uma determinada gestão dos solos, é possível reduzir as emissões de óxido nitroso. E para o fazer, temos de efetuar medidas numa base diária ao longo de toda uma estação. Isto porque os níveis podem mudar significativamente de um dia para o outro. Colocamos uma câmara de aço junto ao chão e medimos as concentrações no interior durante três minutos”, explica-nos Lars Bakken, da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida.

As it gets colder here letès look at how the magnitude of #soil freeze-thaw cycle impacts #N2O emissions https://t.co/nqPcMDqsJspic.twitter.com/FLptr56hcS

— eosense (@eosense) 26 de novembro de 2016

Este processo costumava ser feito manualmente, o que levava muito mais tempo. O robô permite registar todos os dados automaticamente. O dispositivo explora parcelas no terreno que foram submetidas a tratamentos diferentes. O N2O resulta de um fenómeno natural de origem bacteriana. Mas o uso de fertilizantes à base de nitrogénio tem aumentado consideravelmente as emissões.

Os cientistas do projeto NORA estudam o mecanismo de funcionamento de alguns micro-organismos capazes de emitir mas também de absorver gases. O microbiólogo Pawel Lycus diz-nos que “algumas das bactérias são responsáveis apenas pela produção de N2O e outras têm a capacidade de o reduzir. Mas a grande maioria das células presentes no solo conseguem tanto produzir, como reduzir o N2O. O nosso objetivo é aprofundar a compreensão deste processo de produção e absorção ao nível molecular e bioquímico”.

Por outras palavras, pretende-se manipular as bactérias de forma a que produzam a redutase, a enzima responsável por destruir, neste caso, o óxido nitroso. Segundo o bioquímico Manuel Soriano-Laguna, “trata-se de uma proteína muito particular, uma vez que é a única que sabemos ter esta capacidade de destruir o óxido nitroso. No seu núcleo existem átomos de cobre que são essenciais para executar essa função. Nós queremos estudar, de um ponto de vista bioquímico, como é que a bactéria consegue produzir esta proteína”.

O uso e a composição dos fertilizantes são elementos decisivos, mas as caraterísticas e a forma de trabalhar o solo também. “Nós podemos tentar melhorar a utilização dos fertilizantes, mas também precisamos de tornar as estratégias de gestão mais eficazes. Isso a pelo arejamento dos terrenos, por evitar o uso excessivo de fertilizantes. Outro aspeto que descobrimos foi que aumentar o PH dos solos, que costuma ser ácido, pode ajudar a reduzir significativamente as emissões de N2O”, afirma Asa Frostegard, coordenadora do projeto NORA.

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