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Exclusivo: sindicatos pedem investigação aos sistemas de vigilância de funcionários da Amazon

Um trabalhador recolhe mercadorias para ordens de compra num armazém do Centro Logístico da Amazon na Alemanha.
Um trabalhador recolhe mercadorias para ordens de compra num armazém do Centro Logístico da Amazon na Alemanha. Direitos de autor Martin Meissner/AP
Direitos de autor Martin Meissner/AP
De Cynthia Kroet
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No ano ado, a gigante tecnológica foi multada pela entidade para a proteção de dados em França por monitorizar a atividade dos funcionários.

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Sindicatos de 11 países da UE escreveram às autoridades de proteção de dados de todo o bloco pedindo-lhes que investiguem as práticas de vigilância de dados da Amazon, de acordo com uma carta a que a Euronews teve o esta terça-feira, 7 de maio.

Os líderes sindicais, de países europeus onde os armazéns da Amazon empregam um número significativo de trabalhadores - incluindo Áustria, Alemanha, Irlanda e Espanha - questionam o uso de vigilância e gestão algorítmica por parte da gigante do mercado online. Alegam que a Amazon utiliza scanners de mão, software de monitorização da atividade, câmaras de vídeo, dispositivos GPS e outras tecnologias de localização, o que tem consequências para a saúde mental e física dos trabalhadores.

Os sindicatos pedem, portanto, às autoridades nacionais de proteção de dados que sigam o exemplo da França. Em dezembro de 2023, na sequência de uma investigação, a Commission Nationale de l'Informatique et des Libertés (CNIL) impôs uma sanção de 32 milhões de euros à Amazon Logistique. Foi considerado que a empresa estava a violar as regras de proteção de dados da UE ao criar um “sistema excessivamente intrusivo” para monitorizar a atividade e o desempenho dos trabalhadores, juntamente com sanções por protocolos de videovigilância inadequados.

Instalações

Oliver Roethig, Secretário Regional da UNI Europa, disse em declarações à Euronews que os sistemas de gestão de trabalhadores “minam a confiança entre os trabalhadores e a direção, mas também evidenciam um desrespeito sistémico pelas nossas leis de privacidade”.

“É mais do que tempo de nos erguermos e exigirmos que estas empresas multinacionais respeitem os dados pessoais dos trabalhadores e o seu direito a um local de trabalho digno. Precisamos de uma ação forte agora para garantir que as nossas leis sejam totalmente aplicadas", disse Roethig.

A carta surge numa altura em que a Amazon também se encontra na mira dos legisladores da UE. No mês ado, cinco políticos social-democratas visitaram as instalações da Amazon na Alemanha, Itália, Espanha e Holanda, depois de os representantes da plataforma de comércio eletrónico terem sido proibidos de entrar no Parlamento Europeu na sequência de um apelo da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais (EMPL), depois de a empresa não ter comparecido a uma série de audições e visitas a fábricas em 2021 e 2023.

A Amazon viu os seus 14 cartões de o ao Parlamento serem retirados em fevereiro, e não serão emitidos novos cartões até nova ordem. Sarah Tapp, porta-voz da Amazon, disse à Euronews que a empresa continua aberta a um “diálogo construtivo sobre as questões que se colocam ao sector da logística e continua empenhada em colaborar com a Comissão [EMPL]”.

Numa puliblicação num blogue no mês ado - com a abertura do Laboratório de Inovação Operacional da Amazon em Itália - Sarah Rhoads, Vice-Presidente Global de Saúde e Segurança no Trabalho da empresa, sublinhou o foco contínuo no investimento, inovação e invenção em nome da segurança.

“Os trabalhadores são o coração e a alma das nossas operações e é por isso que a tecnologia que implementamos nas nossas instalações está sempre centrada em servir a nossa equipa e tornar as nossas operações mais seguras. O nosso investimento contínuo em robótica ajuda a reduzir a carga de trabalho físico dos funcionários e as tarefas repetitivas que podem causar lesões, ao mesmo tempo que os ajuda a adquirir novas competências que podem fazer progredir a sua carreira", afirmou Rhoads.

A Amazon foi ada para uma resposta.

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