A aplicação CBP One permitia que os imigrantes entrassem nos Estados Unidos com autorização para trabalhar.
A istração Trump eliminou uma aplicação de fronteira chamada CBP One, que permitiu a quase um milhão de pessoas entrar legalmente nos Estados Unidos e trabalhar.
A aplicação, que permitia aos imigrantes marcarem entrevistas em oito pontos fronteiriços do sul, deixou de estar disponível e as entrevistas marcadas foram canceladas, de acordo com um aviso da Alfândega e Proteção das Fronteiras dos EUA, publicado pouco depois da tomada de posse de Trump.
A aplicação do CBP agendava cerca de 1.450 marcações por dia, através de um sistema de sorteio. Era sobretudo popular entre os imigrantes de Cuba, Venezuela, Haiti e México.
A aplicação surgiu pela primeira vez no fim do primeiro mandato de Trump, como uma forma de os despachantes aduaneiros agendarem inspeções e de os visitantes com vistos de curta duração prolongarem as estadias.
Durante o mandato de Joe Biden, a aplicação foi utilizada para substituir uma manta de retalhos de isenções a uma proibição de asilo relacionada com a pandemia.
Funcionários da istração de Biden retratam a aplicação como um sucesso fundamental para criar caminhos legais na fronteira e, ao mesmo tempo, impedir travessias ilegais.
A medida cumpre uma promessa feita por Trump durante a campanha e agrada aos críticos que dizem que foi um íman excessivamente generoso para que mais pessoas chegassem à fronteira do México com os Estados Unidos.
O fim da aplicação CBP One é uma das primeiras medidas do presidente em matéria de imigração desde a sua tomada de posse, há algumas horas.
Entre outras políticas, o novo presidente dos Estados Unidos disse no discurso de tomada de posse que vai suspender o acolhimento de refugiados durante quatro meses, aplicar uma política de "permanência no México" para os requerentes de asilo provenientes da fronteira sul e enviar a Guarda Nacional para a reforçar.