A Mossad utilizou sistemas avançados e drones explosivos para atingir vários alvos no Irão, incluindo sistemas de defesa aérea e lançadores de mísseis perto de Teerão.
A agência de inteligência israelita Mossad montou uma operação secreta multifacetada nas profundezas do Irão, utilizando sistemas avançados e drones explosivos para atingir vários alvos durante a noite de sexta-feira, disseram fontes à Euronews.
A Mossad conseguiu colocar sistemas com "armamento de precisão" nas profundezas do território de Teerão, disse uma fonte dos serviços secretos israelitas à Euronews, sob condição de anonimato.
"Foram colocados em zonas abertas, perto dos sistemas de mísseis terra-ar iranianos", acrescentou.
O sistema foi ativado quando a ofensiva militar israelita começou, na altura em que os mísseis guiados de precisão estavam prestes a ser lançados, confirmaram os serviços secretos israelitas.
Numa outra operação, a Mossad instalou secretamente "sistemas de ataque e tecnologias avançadas em veículos" para "neutralizar as capacidades de defesa aérea iraniana" que, segundo Israel, constituíam uma ameaça para os seus caças.
Estes sistemas foram ativados "no início do ataque surpresa", disse a fonte dos serviços secretos israelitas, "lançando armas que destruíram completamente os alvos da defesa aérea iraniana".
Foi também lançada uma terceira campanha, com a Mossad a atuar muito antes da operação de ontem à noite. Os serviços secretos estabeleceram "uma base para drones explosivos" nas profundezas do Irão, explicou.
"Durante o ataque israelita, estes drones foram ativados e lançados em direção a lançadores de mísseis superfície-superfície na base de Esfajabad, perto de Teerão", concluíram os serviços secretos israelitas.
A informação obtida pela Euronews foi entretanto corroborada por relatos semelhantes de agências israelitas e internacionais.
Israel lançou ataques em todo o Irão durante a noite de sexta-feira, visando o programa nuclear de Teerão. A ofensiva matou o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o chefe do Estado-Maior, Mohammad Hossein Bagheri, e o comandante das Forças de Emergência, Gholam Rashid, bem como, pelo menos, seis cientistas nucleares de topo.