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Tornou-se na primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunit\u00e1rio desde que Portugal aderiu \u00e0 comunidade europeia. A nova comiss\u00e1ria, de 63 anos, vai trabalhar de perto com Frans Timmermans, o vice-presidente da Comiss\u00e3o. Nas primeiras declara\u00e7\u00f5es depois de ter recebido luz verde do Parlamento, Elisa Ferreira sublinhou que \u201ca discuss\u00e3o em torno das contribui\u00e7\u00f5es dos Estados-membros para o Or\u00e7amento n\u00e3o se justificam porque o valor \u00e9 perfeitamente m\u00ednimo\u201d. Esta ter\u00e7a-feira, dia 14 de janeiro, apresentou \u201cuma das formas de concretizar o Pacto Ecol\u00f3gico Europeu\u201d e criar uma economia competitiva e que trave as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas.\u00a0 O Fundo para a Transi\u00e7\u00e3o Justa da Uni\u00e3o Europeia vai apoiar as regi\u00f5es mais afectadas pela transi\u00e7\u00e3o para a neutralidade carb\u00f3nica. Emiss\u00f5es de Carbono euronews - Em rela\u00e7\u00e3o ao Fundo para uma Transi\u00e7\u00e3o Justa, apresentado recentemente, pode dizer-nos a import\u00e2ncia deste instrumento dentro do quadro geral do Pacto Ecol\u00f3gico Europeu e, claro, dentro de todos os esfor\u00e7os da Uni\u00e3o Europeia na defesa de uma economia neutra em emiss\u00f5es de carbono? Elisa Ferreira - Penso que \u00e9 um instrumento crucial porque o Pacto Ecol\u00f3gico ter\u00e1, sem d\u00favida, um impacto muito forte em certas regi\u00f5es. Nas regi\u00f5es que dependem exclusivamente, ou quase, do carv\u00e3o e onde existem ind\u00fastrias que emitem grandes quantidades de carbono. Por isso, precisamos de um instrumento que ajude essas regi\u00f5es a fazer a transi\u00e7\u00e3o sem grandes custos econ\u00f3micos e sociais. O Fundo para uma Transi\u00e7\u00e3o Justa e o Mecanismo para uma Transi\u00e7\u00e3o Justa n\u00e3o s\u00e3o o instrumento financeiro do Pacto Ecol\u00f3gico. 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Fundo para uma Transi\u00e7\u00e3o Justa euronews - Este apoio vai funcionar em paralelo com o apoio dos Fundos de Coes\u00e3o e do Fundo para uma Transi\u00e7\u00e3o Justa? Elisa Ferreira - O Fundo para uma Transi\u00e7\u00e3o Justa \u00e9 o primeiro em termos financeiros. \u00c9 um novo instrumento para novos problemas. No entanto, est\u00e1 ancorado no envelope da coes\u00e3o social ou no envelope do Fundo Social Europeu que o pa\u00eds tem. E como \u00e9 acionado? \u00c9 preciso olhar para as regi\u00f5es para perceber o que querem fazer. As regi\u00f5es s\u00e3o escolhidas atrav\u00e9s do di\u00e1logo entre o estado-membro e a Comiss\u00e3o, por isso \u00e9 o pa\u00eds que seleciona a regi\u00e3o. Depois, como os respons\u00e1veis locais, tem de fazer um plano e explicar quais s\u00e3o as vertentes de transi\u00e7\u00e3o. Com este plano \u00e9 poss\u00edvel acionar um conjunto de instrumentos financeiros que ajudar\u00e3o a fazer esta transi\u00e7\u00e3o. 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Temos regi\u00f5es perif\u00e9ricas que sofrem com a sa\u00edda de pessoas, que est\u00e3o a tornar-se desatualizadas, temos problemas urbanos, h\u00e1 \u00e1reas dentro das cidades, mesmo grandes cidades, que s\u00e3o \u00e1reas de exclus\u00e3o. Temos um conjunto de problemas que \u00e9 preciso resolver. N\u00e3o podemos apenas olhar para este. No entanto, se levarmos esta quest\u00e3o a s\u00e9rio, o Pacto ecol\u00f3gico - e n\u00f3s levamo-lo muito a s\u00e9rio, temos de o implementar na Europa - temos necessariamente de \u0022tornar verde\u0022 todo o or\u00e7amento. A habitual pol\u00edtica de coes\u00e3o, de acordo com o n\u00edvel das regi\u00f5es e com o seu desenvolvimento, tem de ter em conta este novo aspecto da coes\u00e3o. Por isso, n\u00e3o h\u00e1 pol\u00edticas antigas nem novas pol\u00edticas. A pol\u00edtica de coes\u00e3o vai ser mais verde, mais digital, vai ser mais inclusiva, se poss\u00edvel. Ter\u00e1 de ser modernizada e est\u00e1 a ser modernizada. 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Elisa Ferreira: "A política de coesão vai ser mais verde"

Elisa Ferreira: "A política de coesão vai ser mais verde"
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De Sasha Vakulina & Ana Catarina Ruivo
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A Comissária Europeia para a Coesão e Reformas é a convidada do Global Conversation

O novo Fundo para uma Transição Justa é um instrumento importante no âmbito do maior Pacto Ecológico Europeu apresentado pela União Europeia. O que significam estas iniciativas para os cidadãos? A euronews falou com Elisa Ferreira, Comissária Europeia para a Coesão e Reformas.

A nova Comissária

Elisa Ferreira assumiu no dia 1 de novembro a pasta da Coesão e Reformas na Comissão dirigida por Ursula von der Leyen. Tornou-se na primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunitário desde que Portugal aderiu à comunidade europeia.

A nova comissária, de 63 anos, vai trabalhar de perto com Frans Timmermans, o vice-presidente da Comissão.

Nas primeiras declarações depois de ter recebido luz verde do Parlamento, Elisa Ferreira sublinhou que “a discussão em torno das contribuições dos Estados-membros para o Orçamento não se justificam porque o valor é perfeitamente mínimo”.

Esta terça-feira, dia 14 de janeiro, apresentou “uma das formas de concretizar o Pacto Ecológico Europeu” e criar uma economia competitiva e que trave as alterações climáticas. 

O Fundo para a Transição Justa da União Europeia vai apoiar as regiões mais afectadas pela transição para a neutralidade carbónica.

A política de coesão vai ser mais verde, mais digital e mais inclusiva, se possível. Terá de ser modernizada e está a ser modernizada
Elisa Ferreira
Comissária Europeia

Emissões de Carbono

euronews - Em relação ao Fundo para uma Transição Justa, apresentado recentemente, pode dizer-nos a importância deste instrumento dentro do quadro geral do Pacto Ecológico Europeu e, claro, dentro de todos os esforços da União Europeia na defesa de uma economia neutra em emissões de carbono?

Elisa Ferreira - Penso que é um instrumento crucial porque o Pacto Ecológico terá, sem dúvida, um impacto muito forte em certas regiões. Nas regiões que dependem exclusivamente, ou quase, do carvão e onde existem indústrias que emitem grandes quantidades de carbono. Por isso, precisamos de um instrumento que ajude essas regiões a fazer a transição sem grandes custos económicos e sociais. O Fundo para uma Transição Justa e o Mecanismo para uma Transição Justa não são o instrumento financeiro do Pacto Ecológico. Fazem parte do processo de implementação.

euronews - Então, essa é a novidade do Fundo para uma Transição Justa? Será focado nas regiões dependentes do carbono?

Elisa Ferreira - Sim, regiões dependentes do carbono e regiões que dependem de indústrias que emitem muito carbono e outros gases poluentes. Portanto, a base é regional e é direcionado para enfrentar alterações profundas em regiões muito específicas.

euronews - Vamos olhar para regiões específicas. Temos por um lado a Polónia - um país muito dependente da indústria (do carvão) e ao mesmo tempo temos a Alemanha - um país também muito dependente. Mas é claro que estes dois países estão em fases diferentes no que diz respeito ao quadro geral do seu desenvolvimento económico.

**Elisa Ferreira -**Tem toda a razão. Decidimos não excluir completamente nenhum país. Nem todos os países recebem a mesma quantidade de apoio porque há um elemento, presente na política regional, que é a "prosperidade relativa". O que quero dizer com isto? : um país rico, que tem um nível de desenvolvimento sustentável e robusto, tem mais facilidade em fazer por si só esta transição do que um país extremamente fraco e que tem que enfrentar muitos problemas de desenvolvimento ao mesmo tempo. A isto chamamos o elemento de "prosperidade relativa" e este elemento é levado em conta quando se calcula o montante disponível para este fim nos diferentes estados-membros. Portanto, nenhum país será excluído. Mas é claro que um país que seja mais pobre terá proporcionalmente mais dinheiro para introduzir esta transição.

euronews

Fundo para uma Transição Justa

euronews - Este apoio vai funcionar em paralelo com o apoio dos Fundos de Coesão e do Fundo para uma Transição Justa?

Elisa Ferreira - O Fundo para uma Transição Justa é o primeiro em termos financeiros. É um novo instrumento para novos problemas. No entanto, está ancorado no envelope da coesão social ou no envelope do Fundo Social Europeu que o país tem. E como é acionado? É preciso olhar para as regiões para perceber o que querem fazer. As regiões são escolhidas através do diálogo entre o estado-membro e a Comissão, por isso é o país que seleciona a região. Depois, como os responsáveis locais, tem de fazer um plano e explicar quais são as vertentes de transição. Com este plano é possível acionar um conjunto de instrumentos financeiros que ajudarão a fazer esta transição. Podemos dizer que este dinheiro que vem do Fundo para uma Transição Justa funciona como uma 'semente'.

euronews - Vamos ter centenas de milhares de trabalhadores da indústria do carvão que serão ajudados e que vão receber esses fundos. As pessoas vão receber ajuda e apoio mas alguns empregos vão desaparecer. Há cidadãos que serão apoiados, mas outros podem estar preocupados com o impacto destas medidas.

Elisa Ferreira - O apoio financeiro serve para questões específicas como essa.

euronews - Esse apoio terá impacto nas despesas de outros cidadãos da União Europeia?

Elisa Ferreira -Os estados membros não podem utilizar a totalidade do seu fundo regional ou a totalidade do seu fundo social para estes problemas específicos. Existe um limite de 20%.

euronews - Porque que é preciso um limite?

Elisa Ferreira - Porque, caso contrário, todas as outras necessidades do país seriam esquecidas para resolver este tipo de problemas. Portanto, é preciso evitar esta concentração excessiva na transição - estas regiões têm um problema, mas outras regiões têm outros problemas. Há regiões que estão muito longe de tudo, há regiões que são muito pobres. Há muitos outros objetivos que um país tem de abordar. Para este fim específico, não se pode colocar mais de 20% dos fundos.

euronews - É exatamente sobre isso que quero falar agora. Quais são as outras prioridades e os outros desafios da estratégia de coesão, para além das questões ambientais?

Elisa Ferreira - A estratégia de coesão já tem os seus próprios objetivos há muito tempo. Temos regiões periféricas que sofrem com a saída de pessoas, que estão a tornar-se desatualizadas, temos problemas urbanos, há áreas dentro das cidades, mesmo grandes cidades, que são áreas de exclusão. Temos um conjunto de problemas que é preciso resolver. Não podemos apenas olhar para este. No entanto, se levarmos esta questão a sério, o Pacto ecológico - e nós levamo-lo muito a sério, temos de o implementar na Europa - temos necessariamente de "tornar verde" todo o orçamento. A habitual política de coesão, de acordo com o nível das regiões e com o seu desenvolvimento, tem de ter em conta este novo aspecto da coesão. Por isso, não há políticas antigas nem novas políticas. A política de coesão vai ser mais verde, mais digital, vai ser mais inclusiva, se possível. Terá de ser modernizada e está a ser modernizada.

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