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Militares ucranianos votam por "não recuar" em Bakhmut

Um militar ucraniano num tanque na linha da frente perto de Bakhmut, Ucrânia
Um militar ucraniano num tanque na linha da frente perto de Bakhmut, Ucrânia Direitos de autor Evgeniy Maloletka/AP
Direitos de autor Evgeniy Maloletka/AP
De Teresa Bizarro com AP
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Numa reunião com Zelenskyy defenderam o reforço das atuais posições na cidade, mas analistas internacionais questionam a sabedoria da decisão

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Estado-Maior ucraniano vota pela resistência em Bakhmut. Numa reunião presidida por Volodymyr Zelenskyy, os militares manifestaram-se a favor não só da "continuação da operação de defesa" como do "reforço das posições" na cidade.

O anúncio foi feito pelo próprio presidente ucraniano numa comunicação ao país.

De acordo com o exército, as forças ucranianas estão já a reforçar as posições e a treinar dezenas de milhares de militares para uma possível contra-ofensiva.

O cerco russo a Bakhmut leva mais de sete meses. A cidade na região de Donetsk é mais simbólica do que estratégica. Para Moscovo, vencer ali representaria finalmente uma boa notícia da frente de combate. Para Kiev, a resistência é exemplo para o resto do país.

O Secretário de Defesa dos Estados Unidos Lloyd Austin subscreveu essa opinião na segunda-feira, dizendo durante uma visita à Jordânia que Bakhmut tem "mais valor simbólico do que um valor estratégico e operacional".

Moscovo, acrescentou o governante norte-americano, continua "a enviar uma grande quantidade de tropas mal treinadas e mal equipadas" para Bakhmut, enquanto a Ucrânia constrói pacientemente "poder de combate" noutros locais com o apoio militar ocidental antes de uma possível ofensiva de Primavera.

As localidades em redor têm sido alvo de fortes bombardeamentos. Os civis foram retirados de Chasiv Yar e Kostiantynivka, numa operação dificultada pela destruição de pontes e pelo constante fogo de artilharia.

De acordo com relatos da linha da frente os ataques russos já terão atingido praticamente todos os edifícios residenciais.

Analistas defendem retirada estratégica de Bakhmut

Nos últimos meses começa a ser questionada a sabedoria de ordenar aos ucraniano para manter a linha de defesa na cidade, mas há já quem sugira que uma retirada táctica pode estar em curso.

Michael Kofman, o director dos estudos russos no CNA, um grupo de análise em Arlington, nos EUA, defende que a defesa ucraniana de Bakhmut foi eficaz, porque drenou o esforço de guerra russo, mas que Kiev deveria agora olhar para o futuro.

"A tenaz defesa de Bakhmut conseguiu muito, gastando mão-de-obra e munições russas, mas as estratégias podem atingir pontos de retorno decrescentes, e dado que a Ucrânia está a tentar casar recursos para uma ofensiva, pode impedir o sucesso de uma operação mais importante", diz Kofman.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), um grupo de análise sediado em Washington, disse que a opção mais inteligente de Kiev agora pode ser retirar-se para posições que sejam mais fáceis de defender.

"É pouco provável que as forças ucranianas se retirem de Bakhmut de uma só vez e possam prosseguir uma retirada gradual para esgotar as forças russas através da continuação da guerra urbana", disse o ISW numa avaliação publicada recentemente.

A batalha de Bakhmut expôs deficiências e divisões militares russas

Yevgeny Prigozhin, o milionário que é dono do Grupo Wagner que liderou a ofensiva de Bakhmut, tem estado em loggerheads com o Ministério russo da Defesa e acusou-o repetidamente de não ter fornecido munições às suas forças.

Esta segunda-feira, o Prigozhin avisou numa entrevista que a situação em Bakhmut "vai acabar por ser uma 'tarte': O recheio são as Forças Armadas da Ucrânia cercadas por nós, e a massa é, de facto, o Grupo Wagner".

Bakhmut assumiu uma importância quase mítica. Tornou-se como Mariupol - a cidade portuária na mesma província que a Rússia capturou no ano ado, após um cerco de 82 dias que acabou por se reduzir a uma gigantesca siderurgia onde determinados combatentes ucranianos resistiram juntamente com civis.

Moscovo procurou cimentar o seu domínio em Mariupol. O Ministro da Defesa russo Sergei Shoigu visitou algumas das infra-estruturas reconstruídas da cidade - um hospital recentemente construído, um centro de salvamento e edifícios residenciais - disse o Ministério da Defesa.

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