{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/06/03/embaixador-israelita-em-lisboa-diz-que-e-uma-vergonha-falar-de-genocidio-em-gaza" }, "headline": "Embaixador israelita em Lisboa diz que \u00e9 \u0022uma vergonha\u0022 falar de genoc\u00eddio em Gaza", "description": "Oren Rozenblat deu uma entrevista \u00e0 R\u00e1dio Renascen\u00e7a, na qual defendeu a posi\u00e7\u00e3o de Benjamin Netanyahu e atacou os governos ocidentais que acusam Israel de estar a praticar um genoc\u00eddio na Faixa de Gaza.", "articleBody": "O embaixador de Israel em Lisboa diz que \u00e9 uma \u0022vergonha\u0022 falar de genoc\u00eddio na Faixa de Gaza e nega que o seu pa\u00eds esteja a matar \u00e0 fome a popula\u00e7\u00e3o do territ\u00f3rio.Oren Rozenblat deu uma entrevista \u00e0 R\u00e1dio Renascen\u00e7a, em que garante que a ajuda humanit\u00e1ria que Israel deixa entrar em Gaza \u00e9 suficiente para suprir as necessidades: \u0022N\u00f3s temos muita empatia, especialmente face \u00e0s pessoas pobres em Gaza, \u00e0quelas que n\u00e3o t\u00eam liga\u00e7\u00e3o como o Hamas\u0022, disse o embaixador. \u0022A situa\u00e7\u00e3o deles \u00e9 grave, mas n\u00f3s acompanhamos a situa\u00e7\u00e3o em Gaza, sabemos exatamente a quantidade de comida que h\u00e1 no territ\u00f3rio e, por isso, na semana ada, permitimos a entrada da ajuda humanit\u00e1ria\u0022.Um relat\u00f3rio da ONU de abril dizia que nove em cada dez habitantes da Faixa de Gaza estavam afetados pela fome.Espanha \u00e9, at\u00e9 agora, o pa\u00eds da Uni\u00e3o Europeia que mais tem atacado Israel pela ofensiva em Gaza, com o primeiro-ministro Pedro S\u00e1nchez a qualificar o pa\u00eds como \u0022Estado genocida\u0022 e a suspender todo o com\u00e9rcio de armas com Israel. Antes, o presidente brasileiro Lula da Silva tinha tamb\u00e9m usado a palavra \u0022genoc\u00eddio\u0022 em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 morte de dezenas de milhares de palestinianos \u00e0s m\u00e3os do ex\u00e9rcito Israelita na Faixa de Gaza. Palavras que o embaixador israelita n\u00e3o s\u00f3 refuta, como considera \u0022uma vergonha\u0022: \u0022Foi o Hamas a iniciar esta guerra, no dia 7 de outubro de 2023, quando assassinou 1200 israelitas, violou mulheres e queimou fam\u00edlias. O Hamas iniciou esta guerra e o Hamas pode terminar esta guerra, se libertar os ref\u00e9ns, incluindo os ref\u00e9ns portugueses, e se desmilitarizar\u0022, disse o embaixador, que frisou: \u0022a guerra pode terminar hoje\u0022. Rozenblat disse ainda que E\u00e9 uma vergonha o mundo ocidental, depois do dia 7 de outubro, n\u00e3o apoiar 100% o Estado de Israel\u0022.Acordo proposto pelos EUA \u00e9 \u0022agridoce\u0022Quanto ao acordo de cessar-fogo proposto pela istra\u00e7\u00e3o Trump, Oren Rozenblat considera que \u00e9 um acordo \u0022agridoce\u0022, pois prev\u00ea a liberta\u00e7\u00e3o de apenas 10 dos 58 ref\u00e9ns israelitas que permanecem nas m\u00e3os do Hamas, em troca de um cessar-fogo de 60 dias. O embaixador lamenta tamb\u00e9m o facto de, em troca da liberta\u00e7\u00e3o de ref\u00e9ns, Israel ter de libertar militantes do Hamas, que classifica como \u0022terroristas\u0022: \u0022Para libertar todos os ref\u00e9ns, precisamos libertar terroristas. Temos grande experi\u00eancia com isso e h\u00e1 receio de que estes terroristas venham a ass mais israelitas. Por exemplo, no ado (2011), libert\u00e1mos 1.027 terroristas por um ref\u00e9m, Gilad Shalit, e sabemos hoje que muitos israelitas foram mortos por eles. Mataram seis israelitas. O l\u00edder do Hamas, Yahya Sinwar, tamb\u00e9m foi libertado e acabou por ser um dos c\u00e9rebros do ataque do dia de 7 de outubro\u0022, frisa o diplomata.Rozenblat frisa ainda que Israel n\u00e3o tem qualquer inten\u00e7\u00e3o de \u0022controlar dois milh\u00f5es de pessoas\u0022 na Faixa de Gaza e devem ser os palestinianos a governar a Palestina, mas isso s\u00f3 poder\u00e1 acontecer quando o Hamas dep as armas.Os militantes do Hamas mataram cerca de 1200 pessoas, na maioria civis, e fizeram 251 ref\u00e9ns no ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel que desencadeou o atual conflito. Ainda mant\u00eam 58 ref\u00e9ns, um ter\u00e7o dos quais se acredita estarem vivos, depois de a maioria dos restantes ter sido libertada no \u00e2mbito de acordos de cessar-fogo ou outros acordos. A campanha militar de Israel matou mais de 54.000 palestinianos, na maioria mulheres e crian\u00e7as, de acordo com o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade de Gaza, que n\u00e3o indica quantos dos mortos eram civis ou combatentes. O minist\u00e9rio \u00e9 dirigido por profissionais da \u00e1rea m\u00e9dica, mas responde perante o governo do Hamas. As ag\u00eancias das Na\u00e7\u00f5es Unidas e os peritos independentes consideram que o n\u00famero de mortos \u00e9 fi\u00e1vel, embora Israel tenha contestado estes n\u00fameros. Israel afirma ter matado cerca de 20.000 militantes, sem apresentar provas. Cerca de 860 soldados israelitas foram mortos desde o ataque de 7 de outubro, incluindo mais de 400 durante os combates dentro da Faixa de Gaza.", "dateCreated": "2025-06-03T12:32:40+02:00", "dateModified": "2025-06-03T15:27:51+02:00", "datePublished": "2025-06-03T15:27:51+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F31%2F35%2F46%2F1440x810_cmsv2_88ba2059-0cb9-512b-aeaa-2f3dc86ea654-9313546.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Palestinianos choram v\u00edtima dos bombardeamentos israelitas em Gaza", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F31%2F35%2F46%2F432x243_cmsv2_88ba2059-0cb9-512b-aeaa-2f3dc86ea654-9313546.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Figueira", "givenName": "Ricardo", "name": "Ricardo Figueira", "url": "/perfis/258", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@rfigueira", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Embaixador israelita em Lisboa diz que é "uma vergonha" falar de genocídio em Gaza

Palestinianos choram vítima dos bombardeamentos israelitas em Gaza
Palestinianos choram vítima dos bombardeamentos israelitas em Gaza Direitos de autor Abdel Kareem Hana/AP
Direitos de autor Abdel Kareem Hana/AP
De Ricardo Figueira com AP
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Oren Rozenblat deu uma entrevista à Rádio Renascença, na qual defendeu a posição de Benjamin Netanyahu e atacou os governos ocidentais que acusam Israel de estar a praticar um genocídio na Faixa de Gaza.

PUBLICIDADE

O embaixador de Israel em Lisboa diz que é uma "vergonha" falar de genocídio na Faixa de Gaza e nega que o seu país esteja a matar à fome a população do território.

Oren Rozenblat deu uma entrevista à Rádio Renascença, em que garante que a ajuda humanitária que Israel deixa entrar em Gaza é suficiente para suprir as necessidades: "Nós temos muita empatia, especialmente face às pessoas pobres em Gaza, àquelas que não têm ligação como o Hamas", disse o embaixador. "A situação deles é grave, mas nós acompanhamos a situação em Gaza, sabemos exatamente a quantidade de comida que há no território e, por isso, na semana ada, permitimos a entrada da ajuda humanitária".

Um relatório da ONU de abril dizia que nove em cada dez habitantes da Faixa de Gaza estavam afetados pela fome.

Espanha é, até agora, o país da União Europeia que mais tem atacado Israel pela ofensiva em Gaza, com o primeiro-ministro Pedro Sánchez a qualificar o país como "Estado genocida" e a suspender todo o comércio de armas com Israel. Antes, o presidente brasileiro Lula da Silva tinha também usado a palavra "genocídio" em relação à morte de dezenas de milhares de palestinianos às mãos do exército Israelita na Faixa de Gaza. Palavras que o embaixador israelita não só refuta, como considera "uma vergonha": "Foi o Hamas a iniciar esta guerra, no dia 7 de outubro de 2023, quando assassinou 1200 israelitas, violou mulheres e queimou famílias. O Hamas iniciou esta guerra e o Hamas pode terminar esta guerra, se libertar os reféns, incluindo os reféns portugueses, e se desmilitarizar", disse o embaixador, que frisou: "a guerra pode terminar hoje". Rozenblat disse ainda que Eé uma vergonha o mundo ocidental, depois do dia 7 de outubro, não apoiar 100% o Estado de Israel".

Acordo proposto pelos EUA é "agridoce"

Quanto ao acordo de cessar-fogo proposto pela istração Trump, Oren Rozenblat considera que é um acordo "agridoce", pois prevê a libertação de apenas 10 dos 58 reféns israelitas que permanecem nas mãos do Hamas, em troca de um cessar-fogo de 60 dias. O embaixador lamenta também o facto de, em troca da libertação de reféns, Israel ter de libertar militantes do Hamas, que classifica como "terroristas": "Para libertar todos os reféns, precisamos libertar terroristas. Temos grande experiência com isso e há receio de que estes terroristas venham a ass mais israelitas. Por exemplo, no ado (2011), libertámos 1.027 terroristas por um refém, Gilad Shalit, e sabemos hoje que muitos israelitas foram mortos por eles. Mataram seis israelitas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, também foi libertado e acabou por ser um dos cérebros do ataque do dia de 7 de outubro", frisa o diplomata.

Rozenblat frisa ainda que Israel não tem qualquer intenção de "controlar dois milhões de pessoas" na Faixa de Gaza e devem ser os palestinianos a governar a Palestina, mas isso só poderá acontecer quando o Hamas dep as armas.

Os militantes do Hamas mataram cerca de 1200 pessoas, na maioria civis, e fizeram 251 reféns no ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel que desencadeou o atual conflito. Ainda mantêm 58 reféns, um terço dos quais se acredita estarem vivos, depois de a maioria dos restantes ter sido libertada no âmbito de acordos de cessar-fogo ou outros acordos.

A campanha militar de Israel matou mais de 54.000 palestinianos, na maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não indica quantos dos mortos eram civis ou combatentes. O ministério é dirigido por profissionais da área médica, mas responde perante o governo do Hamas. As agências das Nações Unidas e os peritos independentes consideram que o número de mortos é fiável, embora Israel tenha contestado estes números.

Israel afirma ter matado cerca de 20.000 militantes, sem apresentar provas. Cerca de 860 soldados israelitas foram mortos desde o ataque de 7 de outubro, incluindo mais de 400 durante os combates dentro da Faixa de Gaza.

Outras fontes • Rádio Renascença

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Pelo menos 27 mortos e dezenas de feridos após disparos israelitas em centro de distribuição de ajuda em Gaza

Exército israelita ataca hospitais à medida que avança em Gaza

Jogos de espionagem no Irão. Como é que Teerão convence os israelitas a trair a Pátria?