Jonathan Reynolds fará um discurso de abertura durante a cimeira sobre segurança económica em Bruxelas, na quinta-feira, disse à Euronews na residência britânica em Bruxelas.
O secretário de Estado para os Negócios e o Comércio do Reino Unido disse à Euronews que espera que os turistas britânicos possam utilizar os portões electrónicos na Europa "o mais depressa possível", na sequência do acordo alcançado com a UE em maio.
A União Europeia e o Reino Unido anunciaram um acordo a 19 de maio para reforçar a cooperação, o primeiro acordo deste tipo alcançado desde que o Reino Unido deixou o bloco em 2020.
Jonathan Reynolds, do Reino Unido, faz um discurso de abertura durante o Fórum de Segurança Económica de Bruxelas, na quinta-feira.
Além de delinear novos acordos relacionados com viagens, defesa e pesca, o "reset" centra-se na agricultura, um sector fortemente afetado pelo Brexit.
Nos termos do novo acordo, os produtos animais e vegetais britânicos deverão ser sujeitos a menos controlos quando exportados para a UE. Por exemplo, o Reino Unido poderá voltar a ser autorizado a exportar salsichas e hambúrgueres crus para a UE pela primeira vez desde o Brexit - graças ao acordo SPS (sanitário e fitossanitário) proposto.
No entanto, os pormenores de implementação ainda estão pendentes.
Ao abrigo do novo acordo, os viajantes britânicos poderão tirar partido dos controlos de aportes eletrónicos mais rápidos em muitos aeroportos da UE, mas ainda não foram divulgados todos os pormenores sobre quando serão introduzidos.
"Esperamos que seja o mais depressa possível, porque parte do acordo é a Comissão dizer que não há impedimento legal à utilização de e-gates", disse Reynolds à Euronews.
Reynolds disse que os portões eletrónicos traziam "enormes vantagens em termos de eficiência", acrescentando: "Quero que as pessoas que vão de férias de verão do Reino Unido tenham a facilidade e a utilização desses portões".
Reynolds afirmou que o seu objetivo agora é implementar o acordo de maio e rejeitou os argumentos da oposição dos partidos Conservador e Reformista do Reino Unido contra o acordo.
"Penso que existe uma coligação [no Reino Unido] que podemos construir e que não quer olhar para o ado", afirmou, dizendo que essa coligação reconhece que a relação é valiosa em termos comerciais, em vez de girar em torno de questões de adesão à UE e de questões constitucionais.
"Não esqueçamos que, no que se refere à pesca, não há menos o, não há diminuição da posição do Reino Unido em relação ao que já é o caso e, de facto, o que já é o caso é melhor do que em alguns anos anteriores", afirmou Reynolds.
Haverá sempre pessoas que não querem avançar. A política é assim. E os meus adversários políticos no Reino Unido já o afirmaram", afirmou Reynolds, mas disse estar confiante de que tais argumentos não prevalecerão numa futura eleição.